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sexta-feira, abril 19, 2024
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Câmara: Keka rompe silêncio e fala em ato de protesto à base aliada e ao governo, pela presidência

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O vereador Gerson Luís Morelli, Keka, concedeu entrevista coletiva de imprensa nesta terça-feira, 17, após sair de cena do ambiente político, depois que assumiu interinamente a presidência da Câmara de Brusque, na última sessão no ano.

Na coletiva concedida na tarde desta quinta-feira, 19, na Câmara (já em período de recesso), Gerson Morelli comentou sobre os motivos do seu posicionamento, com críticas ao governo municipal e à base aliada na câmara.

Com um discurso escrito em mãos, Keka soltou suas primeiras alegações.

vereador Gerson Luís Morelli, o Keka, concedeu entrevista coletiva
Vereador Gerson Luís Morelli, o Keka, concedeu entrevista coletiva de imprensa (Foto; Assessoria de Imprensa/ Câmara).

“O objetivo de causar essa situação de assumir uma atitude de protesto foi pela forma que se vem conduzindo o processo de trabalho e as deliberações, estas que não há e sim acordos, do grupo formado pelos vereadores de situação (do qual eu fiz parte) juntamente com o Poder Executivo”, comentou.

“O fato é que não concordo com os arranjos e as negociatas que se tem feito em prol de interesses pessoais e partidários, quando o correto seria fazer uma política justa com o foco no bem-estar do povo, pautado na justiça e na proteção social, assumindo posturas éticas em todo o processo”, disse.

“Não tomei essa decisão para me promover e nem obter benefícios próprios, eu sentia essa necessidade de me posicionar de alguma forma, desde o começo da minha gestão eu senti uma angustia, vim com várias ideias de fazer uma política diferente e infelizmente fui podado em todos os aspectos. Minhas ideias não eram compartilhadas tanto pelo Poder Executivo como o grupo aqui da casa”, destacou.

Em respostas aos questionamentos vindos dos profissionais de imprensa, Keka disse que pesou no seu posicionamento a mudança na indicação de nomes que fariam parte da CPI que investigará eventuais fraudes em processo licitatório no Fundo Municipal de Assistência Social.

Gerson Luís Morelli, o Keka, concedeu durante coletiva de imprensa na Câmara (Foto: Assessoria de Imprensa).
Gerson Luís Morelli, o Keka, concedeu durante coletiva de imprensa na Câmara (Foto: Assessoria de Imprensa).

Abertamente, Keka revelou um encontro realizado pela base governista com membros do primeiro escalão governo, incluindo a presença do secretário Deivis da Silva e do prefeito em exercício, Ari Vechi, sobre a indicação para nomes que deveriam compor a CPI, o que desagradou o vereador.

“Foi marcado uma reunião na casa do vereador Cleiton para se discutir quem faria parte da comissão da CPI (esse foi o recado que recebi) …infelizmente, essa reunião não foi só para isso. Estava lá o prefeito em exercício, estava lá o senhor Deivis Júnior, pessoa com mais interesse porque ele é diretamente ligado”.

“Então eu não vejo isso como uma coisa positiva, pois se vai se formar uma comissão e levar as pessoas que estão ligado a isso. Não fui na reunião porque já sabia que ia acontecer isso e que depois foi conversado sobre a eleição – da câmara”, explicou.

“No outro dia de manhã liguei para o Zancanaro e ele falou que a gente está fora, porque eles já têm outro voto – eles não precisam mais do meu voto e do teu. Vão colocar outra pessoa como vice-presidente (ele também não estaria); então falei que não vou chamar a reunião para esse ano”, destacou Keka, sobre alegação que desconhecia o tal acordo para que ele anunciasse a sessão extraordinária.

Vereador Keka durante coletiva de imprensa na Câmara.

Requerimento – Paralelo a todo impasse, um requerimento subscrito pelo 2º secretário, Cleiton Bittelbrunn, convoca sessão extraordinária para o próximo sábado, 21, às 14h, com o expediente único para eleições à presidente e vice-presidente da Câmara.

O documento foi protocolado no dia 18 e cita no texto que “o requerimento em questão não comporta juízo de valor por parte do presidente”.

Documento que convoca eleições para presidência da Câmara
Documento que convoca eleições para presidência da Câmara no sábado, 21.

Em defesa da convocação, o líder do governo, Alessandro Simas, citou ritos da lei orgânica para escolha da presidência.

“Tem motivos suficientes e relevantes pois não existe uma câmara, uma mesa-diretora constituída. Há necessidade de representatividade da casa”,

Acompanhe a entrevista concedida por Simas.

Entrevista com o vereador Alessandro Simas, líder do governo.

“Não vejo necessidade, será um gasto enorme porque vai ter que pagar hora-extra para oss funcionários, não tem essa urgência e está no regimento que temos 15 dias para convocação”, explicou Keka.

O quadro pode resultar num episódio inédito de dupla presidência na Câmara de Vereadores de Brusque, de modo que o caso pode parar nas mãos da justiça, em um possível processo de judicialização.

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