Retomada com segurança, é o que defendem os proprietários de campos sintéticos e quadras de futebol society, que buscam sensibilizar o governo municipal pela liberação das atividades, atendendo às exigências técnicas de enfrentamento à pandemia da Covid-19.
O último decreto do município não editou medidas voltadas para o setor, que vem discutindo com a base governista os protocolos, que visam medidas de cuidados sanitários e controle de público nos espaços. Uma comissão, que representa cerca de 30 empreendimentos de quadras esportivas, dialoga com a equipe da Prefeitura de Brusque, para mostrar que é possível encontrar um formato de funcionamento.
De acordo com Sergio Lang Júnior, um dos membros da comissão, o protocolo é rigoroso, dentro das possibilidades de promover a prática do futebol.
“É um protocolo bem mais rigoroso; vamos fazer higienização das traves, bancos de reserva (com distanciamento de um meio e meio) e o uso de manga-longa para jogar; são requisitos de segurança tanto para quem joga e para quem está trabalhando”, disse Lang.

Há exemplos de alguns municípios da região, que já permitiram o retorno das atividades, os proprietários e sociedades esportivas se baseiam num protocolo específico que atende o futebol, muito próximo ao exigido do profissional. A única diferença é a realização da testagem – não que isso não possa ser uma recomendação às turmas participantes, aponta a comissão.
“Não temos o recurso, seria a única diferença, devido ao custo – se tornaria inviável”, destacou Sérgio.
Sobre o fluxo de público, uma das medidas é espaçar os horários, com alternância de 15 a 20 minutos para início de uma nova partida. O protocolo prevê também tempo mínimo dos jogadores no espaço social, após o término das partidas.
“A gente tem uma procura grande, pois o pessoal está ansioso por volta à rotina e praticar exercício, muitos têm o futebol como atividade física – somos também promotores de saúde, onde muitos jogam para combater doenças crônicas”, frisou.

O que diz a Fundação Municipal de Esportes – De acordo com Edson Garcia, superintendente da FME, o diálogo é positivo e o poder público entende as solicitações do setor, no entanto, ainda não é possível uma abertura.
No caso do último decreto as medidas editadas beneficiaram esportes praticados com um mínimo de distância, com até quatro atletas, como o beach-tênis e futevôlei.
“É uma questão um pouquinho mais complicada por conta do que as autoridades de saúde pedem”, frisou.
No caso do Campeonato de Futebol Amador, a competição seguirá suspensa, mas, de acordo com Garcia, não há anseio das próprias equipes pelo retorno.
Sobre os campos e quadras sintéticas, Edson entende que se trata de outra demanda.
“É necessário buscar uma alternativa, pois eles dependem disso em termo de geração de renda; sabemos que isso precisará de protocolos, principalmente por conta das aglomerações”.

O modelo preventivo apresentado foi bem aceito pela FME, que buscará tratar com as autoridades do governo uma possibilidade de retomada.
“É bem interessante o que foi apresentado e se houver a liberação terá um ambiente com bastante restrições, para que possa reabrir com segurança”, frisou.