26 C
Brusque
sexta-feira, dezembro 6, 2024
InícioNotíciasGeralProfissionais da Renal Vida falam sobre a Campanha do Dia Mundial do...

Profissionais da Renal Vida falam sobre a Campanha do Dia Mundial do Rim

Data:

Publicidade

spot_img
spot_img
spot_img

Anualmente, a Sociedade Brasileira de Nefrologia coordena no Brasil a Campanha do Dia Mundial do Rim, que tem como objetivos disseminar informações sobre as doenças renais, com foco na prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado.

Todos esses objetivos estão resumidos no tema central que é “Saúde dos Rins (exame de creatinina) para todos”.

O tema específico para 2023 é: cuidar dos vulneráveis e estar preparado para os desafios inesperados.

O Dia Mundial do Rim será em 9 de março de 2023 e várias ações estão programadas para abranger o maior número de pessoas, desde governantes, legisladores, educadores, profissionais de saúde e, principalmente, a população em geral.

Falaram ao Jornal da Diplomata:

A médica-nefrologista, Dra. Joana Carolina Eccel, e a enfermeira Daniela Garcia Scardoelli Bussoloque, que atuam na Renal Vida.

Saiba mais com dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia

A Doença Renal Crônica (DRC)

Silenciosa na maior parte do tempo, a Doença Renal Crônica (DRC) caracteriza-se por uma perda gradativa da função renal. Os rins são os principais filtros do corpo humano, responsáveis por eliminar toxinas e excessos de água presentes no sangue. Além disso, estes órgãos têm papel fundamental na formação dos ossos, hormônios e na regulação da pressão arterial. 

Outras doenças podem favorecer o desenvolvimento da DRC

Existem uma série de doenças que, dependendo da gravidade ou tratamento inadequado, podem contribuir para o desenvolvimento da DRC. As principais são: Hipertensão Arterial e Diabetes, que representam em média 30% dos casos de pacientes em hemodiálise no país. Outras doenças, como a Hepatite C e o Lúpus também podem desenvolver a Doença Renal Crônica. 

Hemodiálise

Quando a Doença Renal Crônica afeta a capacidade de filtragem do sangue a taxas de filtragem inferiores a 15 mL/min é necessário que seja realizado a Terapia Renal Substitutiva (TRS), procedimento clínico em que a função renal natural é substituída por meios artificiais.

O mais conhecido é a hemodiálise, procedimento em que o sangue do paciente passa por uma série de filtragens em uma máquina de hemodiálise. O processo leva de 3 a 4 horas e precisa ser feito pelo menos 3 vezes na semana. 

Quais as funções dos rins:

– limpar todas as impurezas e as toxinas de nosso corpo;
– regular a água e manter o equilíbrio das substâncias minerais do corpo (sódio, potássio e fósforo);
– liberar hormônios para manter a pressão arterial e regular a produção de células vermelhas no sangue;
– ativar a vitamina D, que mantém a estrutura dos ossos.

Principais causas da insuficiência renal aguda:

– choque circulatório;
– sepse (infecção generalizada);
– desidratação;
– queimaduras extensas;
– excesso de diuréticos;
– obstrução renal;
– insuficiência cardíaca grave;
– glomerulonefrite aguda (inflamação nos glomérulos – unidades filtrantes do rim).

Quais as doenças associadas

A doença renal crônica está associada a duas doenças de alta incidência na população brasileira: hipertensão arterial e diabetes.

Como o rim é um dos responsáveis pelo controle da pressão arterial, quando ele não funciona adequadamente há alteração nos níveis de pressão. A mudança dos níveis de pressão também sobrecarrega os rins. Portanto, a hipertensão pode ser a causa ou a consequência da disfunção renal, e seu controle é fundamental para a prevenção da doença.

Já a diabetes pode danificar os vasos sanguíneos dos rins, interferindo no funcionamento destes órgãos, que não conseguem filtrar o sangue corretamente. Mais de 25% das pessoas com diabetes tipo I e 5 a 10% dos portadores de diabetes tipo II desenvolvem insuficiência renal.

Outras causas são: nefrite (inflamação dos rins), cistos hereditários, infecções urinárias frequentes que danificam o trato urinário e doenças congênitas.

Sintomas:

A progressão lenta da doença permite que o organismo se adapte à diminuição da função renal. Por isso, muitas vezes, a doença não manifesta sintomas até que haja um comprometimento grave dos rins, com perda de até 90% de sua função. Nesses casos, os sinais são:

– aumento do volume e alteração na cor da urina;
– fadiga;
– dificuldade de concentração;
– diminuição do apetite;
– sangue e espuma na urina;
– incômodo ao urinar;
– inchaço nos olhos, tornozelos e pés;
– dor lombar;
– anemia;
– fraqueza;
– enjôos e vômitos;
– alteração na pressão arterial

.

Diagnóstico:

A disfunção renal pode ser identificada por meio de dois exames: um de análise da urina e outro de sangue. O primeiro identifica a presença de uma proteína (albumina) na urina, e o exame de sangue verifica a presença de outra, a creatinina.

Tratamento:

Não existe cura para a doença renal crônica, embora o tratamento possa retardar ou interromper a progressão da doença e impedir o desenvolvimento de outras condições graves. A insuficiência renal pode ser tratada com medicamentos e controle da dieta. Nos casos mais extremos pode ser necessária a realização de diálise ou transplante renal, como terapêutica definitiva de substituição da função renal.

Prevenção:

O primeiro passo é prevenir o desenvolvimento da hipertensão arterial e controlar a diabetes, doenças que mais levam à insuficiência renal.

– conhecer o histórico de doenças da sua família;
– controlar os níveis de pressão;
– realizar avaliação médica anual, principalmente após os quarenta anos;
– seguir uma dieta equilibrada, com baixa ingestão de sal e de açúcar;
– controlar seu peso;
– exercitar-se regularmente;
– não fumar;
– se fizer uso de bebidas alcoólicas, que seja de forma moderada;
– monitorar seus níveis de colesterol;
– evitar o uso de medicamentos sem orientação médica.

Publicidade
WhatsApp chat