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domingo, abril 28, 2024
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No Jornal da Diplomata, médica fala sobre uso da Cannabis medicinal no tratamento de diversas doenças

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O uso de Cannabis no tratamento de algumas doenças voltou a ser discutido no Estado, com a decisão do juiz Leonardo Cacau dos Santos La Bradbury, da 2ª Vara da Justiça Federal em Florianópolis, que autoriza judicialmente a Associação de Cannabis Medicinal de Santa Catarina – Santa Cannabis, a cultivar a Cannabis e produzir o óleo para tratamento dos associados que tenham indicação clínica de uso. Segundo o presidente da Santa Cannabis, Pedro Sabaciauskis, a produção já existe e, a partir de agora, serão feitas adequações com auxílio de universidades e empresas de pesquisa. A estimativa é de que cerca de 3400 pacientes de todo o Brasil sejam beneficiados, além de 20 famílias de colaboradores.  

A médica, Dra. Manuela Satake, especialista em tratamento de dor crônica em Brusque, esteve ao vivo no Jornal da Diplomata deste sábado (11), para falar a respeito. Acompanhe a entrevista conduzida por Sergio Ferreira!

Entrevista ao vivo no Jornal da Diplomata com a Dra. Manuela Satake
Dra. Manuela Satake no Jornal da Diplomata. (Foto: Diplomata FM)

Tratamento

A médica Manuela Satake possui vários pacientes que fazem uso do conhecido Cannabidiol (CBD) e outros fitocanabinóides  há mais de quatro anos. Ela complementa a informação, ressaltando que “a pessoa que deseja fazer o uso, é necessário primeiro passar por uma consulta médica para ver se não há contra-indicação ou interação medicamentosa com os remédios que já faz uso. Para comprar precisa de receita controlada e o local da compra vai depender do tipo do extrato da Cannabis receitado, que poderá ser, na farmácia, através de importadoras ou por Associações que fazem o plantio e o extrato no Brasil.”  

Atualmente, inúmeras doenças são tratadas com o uso da cannabis, porque podem ser extraídos diversos extratos em diferentes concentrações da planta. O tratamento é recomendado para insônia, ansiedade, enxaqueca, dor crônica do tipo neuropática, fibromialgia, epilepsia, autismo, esclerose múltipla e dor do câncer. Além disso, muitos trabalhos têm mostrado resultados positivos também no tratamento, controle e melhora da qualidade de vida de pacientes com Alzheimer, Parkinson, entre outras.   

“Numa mesma doença, a maioria das medicações não consegue tratar todos de forma igualitária. Existe uma variabilidade genética entre nós, isso faz com que cada um responda de forma diferente aos remédios, como por exemplo, os efeitos colaterais que são variáveis, a melhora ou não da doença, etc. O desenvolvimento e aprovações de novos medicamentos faz com que tenhamos mais opções de tratamento para um maior número de pessoas possíveis diante de determinada doença.”, explica a médica, que atua em Brusque, no Médio Vale do Itajaí, e conta que na cidade, há centenas de pessoas em uso da Cannabis medicinal para tratar diversas doenças.  

Sobre o uso da Cannabis

Conforme a médica Manuela Satake, a Cannabis medicinal é feita a partir de substâncias extraídas da planta Cannabis, mais conhecida como maconha. Estas substâncias podem ser isoladas e se apresentam em diferentes concentrações para o uso terapêutico. Normalmente são feitos extratos oleosos e utilizados em gotas”. Ainda segundo ela, a cannabis medicinal “não causa dependência e não dá o famoso ‘barato’ que é a sensação de quem fuma para uso recreativo. Isso porque estes efeitos dependem de grandes concentrações de uma substância chamada THC e nos extratos medicinais, o THC possui concentração baixa ou nula”. 

Outra questão é sobre a qualidade do extrato caseiro. Para uma certa doença há indicação de um tipo específico de extrato com diferentes concentrações. A produção caseira não garante isso. “Hoje existem as associações que têm autorização judicial para plantio e  extração com um bom controle de qualidade e um custo bem menor que as importadas. Mas, infelizmente, elas ainda não conseguem produzir todos os tipos, principalmente os mais puros. Eu sou da linha que defende o acesso da Cannabis medicinal a todos que precisam e o SUS deveria garantir isso contanto que o extrato tenha qualidade, tenha um selo laboratorial dos seus componentes e suas concentrações”, pontua a médica.

O assunto foi tema da Entrevista Especial deste sábado no Jornal da Diplomata. (Foto: Diplomata FM)
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