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Médico infectologista fala sobre a febre maculosa e cuidados que a população deve ter para evitar a doença

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Santa Catarina registrou 18 casos da febre maculosa em 2023. Os quadros apresentados, no entanto, foram de menor intensidade e não resultaram em mortes. Isso ocorre, segundo o governo de Santa Catarina, porque a bactéria encontrada no Estado é a que produz quadros menos graves. A morte de três pessoas por febre maculosa no estado de São Paulo chamou atenção para os riscos da doença.

No Brasil, o principal vetor da febre maculosa é o carrapato-estrela, que é encontrado especialmente em capivaras.

Para falar sobre o assunto e orientar a população quanto aos cuidados para evitar a doença, participa do Jornal da Diplomata desta quarta-feira, 21, o médico infectologista da Secretaria da Saúde, Dr. Ricardo Alexandre Freitas.

Acompanhe a entrevista na íntegra, conduzida por Sergio Ferreira.

Entrevista completa
Dr. Ricardo Alexandre Freitas é médico infectologista em Brusque. (Foto: Diplomata FM)

Saiba mais

Duas espécies da bactéria estão associadas aos quadros clínicos da doença:

– Rickettsia rickettsii, que leva ao quadro de Febre Maculosa Brasileira (FMB) considerada a doença grave, registrada no norte do estado do Paraná e nos Estados da Região Sudeste;
– Rickettsia parkeri, que tem sido registrada em ambientes de Mata Atlântica (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e Ceará), produzindo quadros clínicos menos graves.

O estado registrou 41 casos de febre maculosa em 2022. Neste ano, até agora, já são 18 casos confirmados. “É importante destacar que Santa Catarina não tem registro de óbitos por febre maculosa, justamente porque a bactéria encontrada no estado é a que produz quadros menos graves. Mas é preciso estar atento à prevenção e aos sintomas da doença”, destaca Ivânia Folster, gerente de zoonoses da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de SC (DIVE/SC).

Sintomas
Os sintomas da febre maculosa são:
– Febre;
– Cefaleia;
– Mialgia intensa;
– Mal-estar generalizado;
– Náuseas e vômitos;
– Exantema máculo-papular (acometendo principalmente região palmar e plantar);
– Linfadenopatia;
– Escara de inoculação (lesão no local onde o carrapato ficou aderido).

“Os sintomas podem aparecer entre o segundo e o 14º dia de exposição. É sempre importante procurar por atendimento médico ao apresentar sinais e sintomas. O médico vai fazer a avaliação, investigando se a pessoa mora e/ou esteve em local de mata, floresta, fazendas, trilhas ecológicas e se ela pode ter sido picada por um carrapato. Além disso, são realizados exames para confirmar o diagnóstico”, explica Ivânia.

Identificação de carrapatos
Desde o ano de 2022, Santa Catarina é referência para a região sul para identificação dos carrapatos através do Laboratório de Entomologia da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC). Os carrapatos coletados em ações de vigilância ambiental são identificados pelo Laboratório e posteriormente encaminhados para pesquisa de riquétsias no Laboratório de Referência Nacional em Vetores de Riquetsioses – Fiocruz/Ministério da Saúde.

Prevenção da febre maculosa
A prevenção da febre maculosa é baseada no impedimento do contato com o carrapato. Por isso, é recomendado:

– Usar roupas claras, para ajudar a identificar o carrapato, uma vez que ele é escuro;
– Usar calças, botas e blusas com mangas compridas ao caminhar em áreas arborizadas e gramadas;
– Evitar andar em locais com grama ou vegetação alta;
– Usar repelentes de insetos;
– Verificar se você e seus animais de estimação estão com carrapatos;
– Se encontrar um carrapato aderido ao corpo, remova-o com uma pinça;
– Não aperte ou esmague o carrapato, mas puxe com cuidado e firmeza. Depois de remover o carrapato inteiro, lave a área da mordida com álcool ou sabão e água;
– Quanto mais rápido retirar os carrapatos do corpo, menor será o risco de contrair a doença. Após a utilização, coloque todas as peças de roupas em água fervente para a retirada dos insetos.

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