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domingo, julho 13, 2025
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Brusque figura entre as cidades brasileiras que mais consomem alimentos ultraprocessados

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Um levantamento inédito feito por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) em parceria com o Núcleo de Estudos em Alimentação e Saúde da População Brasileira, revela que Santa Catarina concentra 19 das 20 cidades brasileiras com maior consumo de alimentos ultraprocessados. A cidade de Brusque figura na 10ª posição. A pesquisa acendeu um alerta sobre os hábitos alimentares no estado e suas possíveis consequências para a saúde pública.

Pacotes de bolacha recheada, ultraprocessados — Foto: Yasmin Castro/g1

O que o estudo aponta

O estudo analisou dados de mais de 5 mil municípios brasileiros, com base em entrevistas domiciliares, hábitos de compra e informações do Vigitel (sistema de vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas do Ministério da Saúde). Entre os ultraprocessados mais consumidos estão refrigerantes, biscoitos recheados, salgadinhos de pacote, embutidos e refeições prontas congeladas.

As cidades catarinenses que lideram o ranking são, em sua maioria, de médio porte, com destaque para regiões do Vale do Itajaí e do Norte do estado. Apenas uma cidade fora de Santa Catarina — localizada no Paraná — aparece entre as 20 primeiras posições.

São considerados ultraprocessados os alimentos industrializados produzidos em várias etapas de processamento. Eles contém substâncias feitas em laboratórios, que são extraídas de outros alimentos ou fontes orgânicas. Os mais comuns são os congelados, como pizzas e lasanhas, mas também estão na lista biscoitos, salgadinhos, macarrão instantâneo e mais.

Esse tipo de alimento é responsável por 20% do consumo calórico da população na média nacional.

Veja as 10 primeiras colocadas do ranking e a média de consumo da população nestas cidades:

  1. Florianópolis 30%
  2. São José (28,3%)
  3. Balneário Camboriú (27,8%)
  4. Palhoça (27,7%)
  5. São João Batista (27,2%).
  6. Jaraguá do Sul (27,13%)
  7. Joinville (27,06%)
  8. Blumenau (27,03%)
  9. Biguaçu (27,02%)
  10. Brusque (26,86%)
  11. Itajaí (26,74%)
  12. Criciúma (26,73%)
  13. Itapema (26,69%)
  14. Joaçaba (26,69%)
  15. Indaial (26,69%)
  16. Tijucas (26,63%)
  17. Santo Amaro da Imperatriz (26,63%)
  18. Porto Alegre (RS) (26,62%)
  19. Chapecó (26,6%)
  20. Rio do Sul (26,59%)

Pesquisadores indicam que o padrão de vida, o ritmo acelerado do trabalho e o alto poder aquisitivo em algumas regiões de Santa Catarina contribuem para o aumento do consumo de produtos ultraprocessados, muitas vezes associados à praticidade.

Além disso, o estado apresenta forte presença de supermercados e redes de fast food, e uma cultura alimentar cada vez mais distante das preparações caseiras. Especialistas alertam que esse padrão pode ter consequências a médio e longo prazo.

Foto: reprodução

O consumo excessivo de ultraprocessados está associado a doenças como diabetes tipo 2, obesidade, hipertensão e alguns tipos de câncer. A Organização Mundial da Saúde já classificou os alimentos ultraprocessados como um dos principais vetores do aumento das doenças crônicas não transmissíveis no mundo.

O Ministério da Saúde já se manifestou e informou que irá intensificar, em parceria com os municípios, as ações do Guia Alimentar para a População Brasileira, com foco em reduzir o consumo de produtos ultraprocessados e promover escolhas mais saudáveis.

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