Mostra reúne peças históricas, fotografias, documentos e painéis digitais, e um mural num trabalho inédito no país
No dia em que Brusque celebrou seus 165 anos de fundação, o Museu Casa de Brusque inaugurou a nova exposição de longa duração. Em um espaço, completamente renovado, que une tradição e tecnologia e oferece à população uma experiência interativa e inédita sobre a história do nosso município.
O acervo reúne peças históricas, fotografias, documentos, um mural, e painéis digitais. Um dos destaques é a linha do tempo da cidade, apresentada em telas touch screen que permitem ao visitante interagir com o conteúdo. Além disso, o espaço conta agora com iluminação em fibra ótica, uma inovação que, é pioneira no Brasil.
“Esse museu está totalmente renovado. Além das peças, fotografias e textos, vamos ter também muita tecnologia, com telas que são touch screen, que as pessoas vão poder interagir”, explicou Luciana Paza Tomasi, coordenadora do museu. “Essa linha do tempo da história da cidade é um trabalho inédito feito aqui pela equipe da Casa de Brusque. E também teremos a iluminação com fibra ótica. Isso é inédito, tanto em Santa Catarina quanto no país também”.
A inauguração também marcou a apresentação de um mural artístico criado pelo artista Lucas Nowall idealizador do Projeto Sem Muros., que retrata a Brusque do passado, do presente e do futuro. A obra inclui a figura de Ayres Gevaerd, fundador do museu, ao lado de uma criança, representando o elo entre gerações.
O projeto de modernização começou há cinco anos, com a elaboração de propostas para captação de recursos via Lei Rouanet do Ministério da Cultura e Programa de Incentivo à Cultura (PIC) de Santa Catarina. A iniciativa incluiu a reforma do prédio, higienização e digitalização do acervo, além do trabalho de arquitetos, museólogos, estagiários e demais profissionais. “Esse projeto iniciou antes da pandemia. Foram quatro projetos voltados ao desenvolvimento dessa nova exposição. Foi um processo longo e muitas pessoas estiveram envolvidas”, destacou Luciana.
Para o presidente da Sociedade Amigos de Brusque, Marcus Schlosser, a nova exposição é o coroamento de um esforço que começou ainda em 1953, quando o museu foi fundado. “A ideia é mostrar de onde viemos, para onde vamos, e envolver a comunidade em todo esse projeto”, disse. “É também uma forma de proporcionar que as novas gerações saibam a importância da nossa história e a preservem para o futuro.”
O prefeito André Vechi participou da cerimônia e destacou o papel simbólico do museu para a cidade. “O Museu Casa de Brusque, com mais de 70 anos, é onde toda essa história é preservada. É onde podemos lembrar quem foram os grandes nomes, o que cada um fez e todo o processo que nos trouxe até aqui”, afirmou. “A prefeitura é parceira por meio da Fundação Cultural. Fazemos repasses mensais que ajudam no custeio e manutenção dos projetos. Mas o mérito é da entidade, que não se acomoda e corre atrás de investimentos”.
O prefeito ainda fez um convite: “Quem ainda não conhece o Museu Casa de Brusque, venha. Tem muito material bacana, interativo, com telas e recursos fantásticos. Só vindo aqui para entender o quão maravilhoso é esse resgate da nossa história”.
Também presente na cerimônia, o governador Jorginho Mello ressaltou a importância do resgate histórico promovido pelo museu. “Brusque é uma cidade de superação, de progresso. Falar de Brusque é um motivo de orgulho para todos nós. E um museu como esse resgata uma história feita de lágrimas e suor. Ninguém vence na vida sem esses dois componentes”, afirmou. “O trabalho aqui é primoroso. E com recursos públicos, mas lembrando que recurso público é o nosso dinheiro. Por isso, ele precisa sempre voltar para onde saiu”.
Representando os patrocinadores, o empresário Edemar Fischer reforçou o papel das empresas no apoio ao projeto. “O que está aqui dentro hoje só foi possível graças ao apoio das empresas locais, por meio da Lei de Incentivo à Cultura”, afirmou. “É um espetáculo. Convido a população a visitar o museu, ver o capricho com que tudo foi feito.”
Fischer ainda incentivou outras empresas a seguirem o exemplo: “As empresas podem usar parte do imposto de renda para beneficiar a própria comunidade. Além do museu, temos outros projetos, como a orquestra do Centro Empresarial, com 25 crianças fazendo música gratuitamente. Tudo isso é possível com incentivo fiscal. E o retorno é para a própria região”.
A exposição está disponível para visitação, de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h30 às 16h. A entrada é gratuita.
