A taxa de desocupação do Brasil no segundo trimestre de 2025, de 5,8%, é a menor desde 2012, quando foi iniciada a série histórica. Frente ao 1º trimestre de 2025, a taxa de desocupação caiu em 18 das 27 Unidades da Federação e ficou estável nas outras nove.
Santa Catarina lidera o ranking: o estado registrou a menor taxa de desocupação entre todas as unidades da federação. Com apenas 2,2% de desocupados, SC alcançou o menor número dos últimos 12 anos, superando o anterior mínimo de 2,6% observado no 4º trimestre de 2013, segundo pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgada nesta sexta-feira, 15.
O IBGE considera desocupadas as pessoas que não têm trabalho, mas estão ativamente procurando uma oportunidade, mesmo critério usado em padrões internacionais.
Desalentados
Santa Catarina também conta com a menor taxa de desalentados do Brasil, com um índice de 0,3% diante de uma força de trabalho composta por 4,53 milhões de pessoas.
Os desalentados são pessoas fora da força de trabalho (considerados como força de trabalho potencial). A taxa mede a quantidade de pessoas que gostariam de trabalhar, mas não encontraram uma vaga em que se enquadrassem, por não terem experiência ou qualificação, por falta de vagas na localidade em que residem ou pessoas que não conseguiam trabalho por serem considerados muito jovens ou muito idosas.
O total de pessoas desalentadas no estado diminuiu de 15 mil para 13 mil entre 1° e o 2° trimestre deste ano, uma redução de 2 mil indivíduos.
Os número pelo Brasil
As menores taxas de desocupação no país são as seguintes:
- SC: 2,2%
- RO: 2,3%
- MT: 2,8%
- MS: 2,9%
- MG: 3,1%
Segundo informações da PNAD Contínua Trimestral, divulgada pelo IBGE, as maiores taxas de desemprego foram de Pernambuco (10,4%), Bahia (9,1%) e Distrito Federal (8,7%) e as menores, de Santa Catarina (2,2%), Rondônia (2,3%) e Mato Grosso (2,8%).
A taxa de desocupação (7,0%) foi de 4,8% para os homens e 6,9% para as mulheres no segundo trimestre de 2025. Por cor ou raça, essa taxa ficou abaixo da média nacional para os brancos (4,8%) e acima para os pretos (7,0%) e pardos (6,4%).
A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (9,4%) foi maior que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 5,9%, quase o dobro da verificada para o nível superior completo (3,2%).
No Brasil, o percentual de empregados com carteira assinada no setor privado foi de 74,2% no segundo trimestre de 2025. Os maiores percentuais de empregados com carteira estavam em Santa Catarina (87,4%), São Paulo (82,9%) e Rio Grande do Sul (81,2%), e os menores, no Maranhão (53,1%), Piauí (54,5%) e Paraíba (54,6%).
O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria foi de 25,2%. Os maiores percentuais foram de Rondônia (35,3%), Maranhão (31,8%) e Amazonas (30,4%) e os menores, do Distrito Federal (18,6%), Tocantins (20,4%) e Mato Grosso do Sul (21,4%).
A taxa de informalidade para o Brasil foi de 37,8% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Maranhão (56,2%), Pará (55,9%) e Bahia (52,3%) e as menores, com Santa Catarina (24,7%), Distrito Federal (28,4%) e São Paulo (29,2%).
