A bebê de 8 meses que estava internada em estado grave, sinais de agressão, em Joaçaba, no Oeste de Santa Catarina, morreu na noite de quarta-feira, 20. A informação foi confirmada pela Polícia Civil.
O caso foi descoberto após a menina ser levada pela mãe até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Herval D’Oeste, cidade vizinha. Devido à gravidade, ela foi transferida até o HUST (Hospital Universitário Santa Terezinha), em Joaçaba. A menina deu entrada no hospital com múltiplos indícios de violência física. Exames médicos apontaram fraturas em diferentes estágios de cicatrização em costelas, fêmur e braço, além de uma lesão pulmonar.
O caso segue sendo investigado pela DPCAMI (Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso) de Campos Novos, que busca esclarecer as circunstâncias e identificar os responsáveis pelas agressões. Segundo a delegada responsável pelo caso, Fernanda Gehlen da Silva, ainda não há mais detalhes oficiais, sendo necessário aguardar o laudo cadavérico, que deve ser divulgado nesta quinta-feira, 21.
“Foram identificadas fraturas costais em diferentes estágios de consolidação óssea, que sugerem traumas sucessivos, causados em momentos distintos, alguns mais recentes, outros já mais antigos. Também foram identificadas lesões ósseas no antebraço e na coxa direita”, disse a delegada.
A mãe, de 21 anos, foi conduzida à delegacia, mas foi liberada na tarde de quarta-feira, 20, e a Polícia Civil segue com as apurações.
Aos policiais militares, a mulher teria dado versões contraditórias sobre o caso e tentado omitir a existência do padrasto da criança, que residia com a família, conforme a corporação. A Polícia Civil não detalhou o depoimento dela, mas disse que um exame atestou os ferimentos na vítima.
O Conselho Tutelar foi acionado para acompanhar a ocorrência e garantir a proteção do irmão mais velho da bebê, um menino de 3 anos, que ficou sob os cuidados da avó materna.