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De óleo usado a sabão sustentável: a fábrica que nasceu dentro da sala de aula

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A Escola Edith Krieger Zabel é mais uma vez destaque por transformar ciência, matemática e inovação em prática empreendedora.

A Escola de Ensino Fundamental Edith Krieger Zabel, em Brusque, vem se destacando por iniciativas que unem sustentabilidade, inovação e educação. Entre os projetos mais recentes, está o “Empreendedores do Sabão – Fábrica Tutu de Sabão”, iniciado em fevereiro de 2025, no contraturno escolar, envolvendo alunos do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental.

A proposta nasceu a partir da parceria dos professores José Luiz Borges de Oliveira, de Ciências, e Bruno Henrique Passos de Jesus, de projeto e Educação Infantil, com apoio de monitores, docentes, regentes e demais profissionais da escola. O objetivo foi oferecer aos estudantes uma experiência prática e interdisciplinar, simulando o funcionamento de uma fábrica, de modo a estimular criatividade, protagonismo e competências empreendedoras.

Na primeira fase, os alunos organizaram setores da fábrica fictícia, produziram crachás, criaram slogans e definiram dinâmicas de trabalho. Com o avanço das atividades, surgiu um desafio real: a produção manual do sabão líquido exigia esforço físico intenso. A dificuldade motivou a concepção de uma máquina própria para a mistura, incorporando ciência, tecnologia e sustentabilidade.

“O projeto Empreendedores do Sabão, ele foi muito importante para nós, para mim e para o professor José, porque com ele nós podemos trabalhar com as crianças de forma interdisciplinar, mostrando aos alunos como a matemática funciona na prática, também explorando os processos de saponificação, a sustentabilidade, conceitos de robótica, empreendedorismo e a criação da marca e do próprio produto”, destaca o professor Bruno. “Os alunos ainda tiveram a experiência de vender o que criaram, percebendo que são de fato protagonistas do próprio aprendizado e tomando as decisões em todas as etapas do projeto”.

Diversas áreas do conhecimento foram integradas. Na Matemática, as crianças trabalharam precificação, cálculo de lucro, sistema monetário, peso, volume e temperatura. Em Ciências, estudaram transformações da matéria e impactos ambientais. O projeto foi ainda alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), ampliando a consciência crítica dos estudantes sobre questões ambientais e sociais.

“Como diretora, eu me sinto muito orgulhosa em abraçar o projeto empreendedores do sabão em nossa escola. É uma iniciativa que vai muito além da produção de um produto, representa um espaço de aprendizagem significativa, onde as crianças experimentam, criam, erram, acertam, e elas descobrem que são capazes de transformar ideias em realizações concretas”, disse a diretora Elaine Petermann, diretora da escola.

A experiência resultou na criação do “Cantinho do Sabão”, espaço dedicado à apresentação e comercialização dos produtos em feira escolar. Embora testes tenham incluído sabão em barra, amaciante e detergente, o sabão líquido destacou-se como principal produto.

Além de promover a educação em diversas áreas, o projeto também envolveu a comunidade na arrecadação de óleo de cozinha e no seu descarte correto.

Em julho, a iniciativa ganhou repercussão ao ser levada à 26ª Feira de Matemática, no Colégio Cônsul Carlos Renaux. O projeto recebeu destaque pela relevância pedagógica e pela inovação, consolidando o reconhecimento da escola.

Conhecida como a “escola das abelhas”, por manter colmeias de abelhas sem ferrão, a escola Edith Krieger Zabel tornou-se referência em educação sustentável. A instituição já recebeu visitas de professores estrangeiros e foi pauta em veículos da mídia nacional.

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