O Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), em conjunto com a Federação Catarinense de Futebol (FCF) e a Polícia Militar, anunciou a aplicação de sanções à torcida organizada Força Independente, do Brusque Futebol Clube, após novos episódios de violência registrados em partidas de futebol.
A medida, que também alcança outras duas torcidas, Gaviões Alvinegros (Figueirense) e Mancha Azul (Avaí), determina a proibição por três meses da presença dessas organizadas em eventos esportivos portando vestimentas, bandeiras, faixas ou qualquer material com símbolos dos grupos.
A suspensão é válida entre 26 de setembro e 26 de dezembro, conforme o disposto na Cláusula 3ª do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado em 2008.
Medida reforça vigência do TAC firmado em 2008
De acordo com a promotora de Justiça Priscila Teixeira Colombo, da 29ª Promotoria de Justiça da Capital, o TAC segue em vigor e continua sendo aplicado de forma integral.
“Embora estejamos em tratativas para atualizar as cláusulas do TAC, incluindo as punições, o Termo de Ajustamento de Conduta firmado com o Ministério Público em 2008 ainda está vigente e sendo plenamente aplicado”, destacou a promotora.
Esta é a segunda suspensão aplicada às torcidas em 2024, a primeira ocorreu em fevereiro, também por envolvimento em brigas e tumultos durante competições estaduais.
Violência e reincidência motivaram punição
A nova sanção foi motivada por uma série de episódios de violência e desordem registrados entre agosto de 2024 e agosto de 2025, envolvendo agressões físicas, invasões de campo, incitação à violência e até ataques contra policiais.
Os órgãos destacaram que os casos foram reincidentes e colocaram em risco a segurança de torcedores, atletas e agentes públicos.
O Termo de Deliberação que embasou a decisão cita o TAC de 2008 e a Lei Geral do Esporte, que estabelece punições rigorosas para torcidas organizadas envolvidas em violência ou condutas discriminatórias em eventos esportivos.
FCF e Polícia Militar garantirão cumprimento da medida
A Federação Catarinense de Futebol (FCF) será responsável por publicar o termo em seu site oficial e notificar os clubes e as torcidas envolvidas.
Já a Polícia Militar comunicará todos os comandos locais e de outros estados, garantindo a restrição de acesso das torcidas organizadas aos estádios durante o período de suspensão.
O Ministério Público de Santa Catarina também notificará as Promotorias de Justiça de outros estados, assegurando que a medida seja cumprida em todo o território nacional.
