Evento científico foi realizado em Natal, no Rio Grande do Norte
O trabalho científico desenvolvido pela acadêmica Isadora Aglimone Alessio, do curso de Medicina da UNIFEBE, foi premiado no 63.º Congresso Brasileiro de Educação Médica (COBEM), realizado este ano em Natal, no Rio Grande do Norte.
O estudo “Discrepância entre o número de médicos formados e vagas de residência médica nas regiões brasileiras”, apresentado pela estudante no evento científico, foi premiado como melhor trabalho do Eixo II: Interiorização dos cursos médicos e residências em saúde: desafios e oportunidades. O objetivo do estudo, revela a acadêmica, era analisar a proporção entre médicos formados e vagas de residência médica disponíveis nas diferentes regiões do Brasil, principalmente em Santa Catarina, além de apresentar os possíveis impactos que esta distribuição desencadeia.
Na pesquisa, Isadora compara a média nacional e do estado de Santa Catarina entre formandos e vagas de residência médica, e apresenta as regiões do estado com maior distribuição de vagas. “Em nosso estado, as oportunidades de residência estão concentradas principalmente nas grandes cidades e no litoral. Geralmente, ao ingressar em uma residência, o médico cria um vínculo com aquele local e opta por constituir sua carreira lá. Isso faz com que as regiões mais interioranas fiquem com desfalque de profissionais especializados, fazendo com que o paciente, quando adoece, precise se deslocar aos grandes centros ou ao litoral para conseguir ter um atendimento especializado e qualificado dentro da sua patologia. Com esses dados, conseguimos acender um alerta de que o problema não seria somente a quantidade de vagas de residência, mas também essa distribuição, pensando no problema de especialistas e da atenção do público em geral”, explica a acadêmica.
A oportunidade de apresentar o trabalho no Congresso Nacional, bem como a própria premiação são relevantes para reafirmar a seriedade da UNIFEBE na formação dos futuros médicos, avalia a Assessora do Curso de Medicina da UNIFEBE e orientadora do trabalho, professora Julia Wakiuchi. “Ser reconhecido em meio a mais de 1.800 trabalhos é algo que nos trouxe a clareza de que estamos focando em questões de fato relevantes no cenário nacional. Vale destacar que a proximidade com a Associação Brasileira de Educação Médica – ABEM, que promove esse congresso, tem nos trazido as mais novas atualizações em educação e nas novas Diretrizes Curriculares Nacionais para Medicina, nos dando mais segurança para tomada de decisão em vários aspectos pedagógicos do curso”.
O trabalho apresentado por Isadora foi elaborado em conjunto com os colegas Geane Cruz Silva, Maysa Leocádia Pereira, Fernando Sá Cavalcanti Ramalho e Carolina Santos Bianchi, da 7.ª fase do curso de Medicina da UNIFEBE. “Só temos motivos a comemorar essa conquista e reconhecimento dos nossos alunos, que também traduzem o crescimento e o engrandecimento do nosso curso de Medicina”, complementa o coordenador do curso de Medicina da UNIFEBE, doutor Osvaldo Quirino de Souza.
Além do trabalho premiado, a UNIFEBE foi representada com outros três estudos científicos orientados pela professora Juliana Chaves Costa Pinotti, submetidos ao Eixo I – A Formação no território e a responsabilidade social.
63.º COBEM
Realizado este ano no Rio Grande do Norte, o 63.º COBEM teve como tema central “Do mar ao sertão: Os novos paradigmas da educação Médica” e buscou promover debates e reflexões de como a educação médica pode e deve se adaptar às necessidades locais, respeitando as especificidades culturais e territoriais, de forma conectada e entrelaçada a um contexto global.
Em sua quarta participação no evento nacional, professores e acadêmicos da UNIFEBE tiveram a oportunidade de discutir estratégias para fortalecer a formação médica, com um olhar atento às singularidades do Sistema Único de Saúde. A instituição é membro da Associação Brasileira de Educação Médica – ABEM e integra parte da Regional Sul II, que engloba escolas de Medicina associadas do Paraná e Santa Catarina.
