Em maio de 2025, a cesta básica da cidade de Brusque custou R$ 682,01, tendo registrado uma diminuição de 1,36% em relação ao mês anterior. A diminuição em maio ocorreu em 15 das 17 capitais onde o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos.
Entre abril e maio de 2025, as elevações ocorreram em Florianópolis (0,09%) e Belém (0,02%). As maiores reduções ocorreram em: Recife (-2,56%), Belo Horizonte (-2,50%) e Fortaleza (-2,42%).
A comparação dos valores da cesta, entre maio de 2024 e maio de 2025, mostrou que quase todas as capitais tiveram alta de preço, com variações entre 0,77%, em Natal, e 8,43%, em Vitória. Em Brusque houve aumento de 1,87% na comparação entre maio de 2024 e maio de 2025.
Em maio de 2025, o trabalhador de Brusque, remunerado pelo salário-mínimo de R$ 1.518,00, se considerarmos o salário-mínimo líquido (R$ 1.404,15), após o desconto de 7,5% da Previdência Social, precisou comprometer 48,57% da remuneração para adquirir os produtos da cesta básica, que é suficiente para alimentar um adulto durante um mês.
Entre os itens da cesta, os produtos que registraram aumento de preço foram: batata (15,94%), café (5,20%), banana (3,52%), açúcar (3,02%), óleo (1,75%) e carne (0,20%). Os itens que registraram queda de preço foram: tomate (-14,87%), feijão (-10,72%), arroz (-2,94%), pão (-2,18%), leite (-1,50%), manteiga (-0,88%) e farinha de trigo (-0,50%).
Com base na cesta mais cara, que, em maio, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em maio de 2025, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 7.528,56 ou 4,96 vezes o mínimo reajustado em R$ 1.518,00. Em abril, o valor necessário era de R$ 7.638,62 e correspondeu a 5,03 vezes o piso mínimo. Em maio de 2024, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.946,37 ou 4,92 vezes o valor vigente na época, que era de R$ 1.412,00.
TABELA 1
Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos
Custo e variação da cesta básica em 17 capitais e município de Brusque
Maio de 2025 Capital | Valor da cesta | Variação mensal (%) | Porcentagem do Salário Mínimo líquido | Tempo de trabalho | Variação no ano (%) | Variação anual (%) |
São Paulo | 896,15 | -1,44 | 63,82 | 129h53m | 6,52 | 8,38 |
Florianópolis | 858,93 | 0,09 | 61,17 | 124h29m | 6,11 | 7,23 |
Rio de Janeiro | 847,99 | -0,20 | 60,39 | 122h54m | 8,74 | 6,44 |
Porto Alegre | 819,05 | -1,82 | 58,33 | 118h42m | 4,51 | 2,20 |
Curitiba | 791,39 | -0,29 | 56,36 | 114h41m | 6,67 | 6,73 |
Campo Grande | 789,42 | -1,95 | 56,22 | 114h25m | 2,48 | 5,47 |
Vitória | 784,96 | -1,12 | 55,90 | 113h46m | 5,02 | 8,43 |
Brasília | 774,33 | -0,19 | 55,15 | 112h13m | 4,19 | 5,01 |
Goiânia | 758,67 | -1,14 | 54,03 | 109h57m | 3,57 | 7,69 |
Belo Horizonte | 733,76 | -2,50 | 52,26 | 106h20m | 5,61 | 5,82 |
Fortaleza | 728,49 | -2,42 | 51,88 | 105h35m | 8,12 | 2,62 |
Belém | 726,38 | 0,02 | 51,73 | 105h16m | 9,09 | 5,12 |
Brusque | 682,01 | -1,36 | 48,57 | 98h51m | 3,64 | 1,87 |
Natal | 645,00 | -1,83 | 45,94 | 93h29m | 4,48 | 0,77 |
João Pessoa | 636,73 | -0,75 | 45,35 | 92h17m | 4,91 | 2,59 |
Recife | 636,00 | -2,56 | 45,29 | 92h10m | 8,10 | 2,83 |
Salvador | 628,97 | -0,50 | 44,79 | 91h10m | 7,72 | 0,95 |
Aracaju | 579,54 | -0,07 | 41,27 | 83h59m | 4,60 | 0,00 |
Cesta x salário-mínimo (Brusque)
O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica em Brusque passou de 100 horas e 12 minutos em abril de 2025 para 98 horas e 51 minutos em maio de 2025.
Comportamento dos preços dos produtos da cesta
O preço da batata aumentou nas 10 cidades do Centro-Sul onde é coletada, entre abril e maio de 2025. As elevações ficaram entre 4,90% (em Belo Horizonte) e 22,35% (em Florianópolis). No acumulado de 12 meses, o preço da batata reduziu em todas as 10 cidades. As quedas variaram entre -43,57% (em Campo Grande) e -26,38% (em São Paulo). A menor oferta pelo fim da safas das águas no sul do país explicou a alta de preços no varejo.
Entre abril e maio de 2025, o preço da carne bovina de primeira aumentou em 14 das 17 cidades pesquisadas, com destaque para as altas em Curitiba (3,91%) e Florianópolis (2,68%). Houve redução de preços em três cidades: São Paulo (-0,82%), Fortaleza (-0,65%) e Porto Alegre (-0,04%). No acumulado de 12 meses, o preço da carne aumentou em todas as cidades e as elevações ficaram entre 7,43%, em Aracaju, e 28,86%, em Brasília. A demanda externa por carne, acima da produção interna crescente, elevou o preço no varejo.
preço do quilo do café em pó aumentou em 16 cidades, entre abril e maio de 2025, com destaque para as variações de Aracaju (10,70%), São Paulo (8,49%) e João Pessoa (7,98%). Apenas em Goiânia (-1,71%) houve redução do preço. No acumulado de 12 meses, o preço do café aumentou em todas as 17 cidades. As elevações ficaram entre 75,50% (em São Paulo) e 127,89% (em Vitória). A expectativa dos resultados da colheita e a menor oferta mundial de café elevaram os preços no varejo.
O preço do quilo do pão francês aumentou em 11 cidades, com destaque para Campo Grande (2,65%); e, diminuiu em outras seis capitais, sendo que a redução mais importante ocorreu em Brasília (-1,45%). No acumulado de 12 meses, apenas Aracaju (-3,26%) apresentou taxa negativa. Nas demais capitais, houve aumento do valor médio, com destaque para Belém (8,84%), Florianópolis (8,38%) e Belo Horizonte (8,06%). A alta do pão esteve atrelada ao período de entressafra do trigo, ainda em abril.
O preço do arroz agulhinha caiu em todas as capitais, entre abril e maio de 2025. As quedas variaram entre -12,91%, em Vitória, e -1,80%, em Belo Horizonte. No acumulado de 12 meses, houve diminuição do preço médio em todas as cidades, com variações entre -29,17%, em Vitória, e -3,57%, em São Paulo. A maior oferta do grão e a demanda menor levaram à queda do preço no varejo.
O preço do tomate foi menor em todas as 17 capitais, na comparação de abril e maio de 2025. As quedas variaram entre -20,85%, em Belo Horizonte, e -1,64%, em Aracaju. No acumulado de 12 meses, apenas Vitória (11,41%) apresentou taxa positiva.
Nas demais capitais, houve diminuição do valor médio, com destaque para João Pessoa (-32,22%), Natal (-27,87%) e Recife (-25,33%). A maior oferta, devido à safra de inverno, reduziu o preço no varejo.
O preço médio do óleo de soja caiu em 13 das 17 cidades pesquisadas entre abril e maio de 2025, com as reduções mais expressivas em Belém (-7,80%) e Goiânia (-4,87%). Houve aumento de preço em três 3 cidades: Belo Horizonte (1,11%), Recife (0,53%) e Rio de Janeiro (0,13%). Em Campo Grande, o preço não variou. Entre maio de 2024 e maio de 2025, o preço do óleo aumentou em todas as 17 cidades, com percentuais entre 21,72%, em Brasília, e 34,92%, em Florianópolis. A maior oferta de soja, ainda que haja demanda intensa pelo óleo bruto, reduziu o preço no varejo.
TABELA 2
Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos
Custo e variação da cesta básica em BRUSQUE –maio de 2025 Produto | Quantidades | Preço Médio (R$) | Gasto Mensal (R$) | Variação Mensal (%) | % do salário mínimo líquido | Peso no gasto total | Tempo de trabalho necessário¹ | ||||
CARNE | 6 Kg | 44,84 | 269,04 | 0,20 | 19,16 | 39,45 | 38 h 59 min | ||||
LEITE | 7,5 L | 4,61 | 34,58 | -1,50 | 2,46 | 5,07 | 5 h 1 min | ||||
FEIJÃO | 4,5 Kg | 5,33 | 23,99 | -10,72 | 1,71 | 3,52 | 3 h 29 min | ||||
ARROZ | 3,0 Kg | 5,61 | 16,83 | -2,94 | 1,20 | 2,47 | 2 h 26 min | ||||
F.TRIGO | 1,5 Kg | 4 | 6 | -0,50 | 0,43 | 0,88 | 0 h 52 min | ||||
BATATA | 6,0 Kg | 5,89 | 35,34 | 15,94 | 2,52 | 5,18 | 5 h 7 min | ||||
TOMATE | 9,0 Kg | 7,67 | 69,03 | -14,87 | 4,92 | 10,12 | 10 h 0 min | ||||
PÃO | 6,0 Kg | 14,81 | 88,86 | -2,18 | 6,33 | 13,03 | 12 h 53 min | ||||
CAFÉ | 0,6 Kg | 61,95 | 37,17 | 5,20 | 2,65 | 5,45 | 5 h 23 min | ||||
BANANA | 7,5 Dz | 4,71 | 35,33 | 3,52 | 2,52 | 5,18 | 5 h 7 min | ||||
AÇÚCAR | 3,0 Kg | 4,44 | 13,32 | 3,02 | 0,95 | 1,95 | 1 h 56 min | ||||
ÓLEO | 1080 ml | 6,96 | 8,35 | 1,75 | 0,59 | 1,22 | 1 h 13 min | ||||
MANTEIGA | 0,75 Kg | 58,89 | 44,17 | -0,88 | 3,15 | 6,48 | 6 h 24 min | ||||
TOTAL | 682,01 | -1,36 | 48,57 | 98 h 51 min | |||||||