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quinta-feira, abril 18, 2024
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Corpo Clínico do Hospital Azambuja divulga nota sobre melhoria no atendimento público; entenda

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Na manhã desta sexta-feira, 31, o Corpo Clínico do Hospital Azambuja divulgou uma nota oficial, por meio da assessoria de imprensa, para que “atitudes imediatas sejam postas em prática” pelo Poder Público, (de maneira conjunta com o hospital), a serem tomadas para trazerem melhorias no atendimento à população.

“Atitudes imediatas devem ser tomadas, antes que fatos mais graves ocorram. Não devemos nos furtar de nossas obrigações, porém o Poder Público, gestor mor dos recursos financeiros destinados à saúde e a sociedade civil organizada, maior beneficiária dos serviços hospitalares oferecidos, devem tomar ciência da crítica situação e conjuntamente procurar soluções”, diz o último trecho, antes das sugestões.

Leia na íntegra.

O Corpo Clínico do Hospital Arquidiocesano Cônsul Carlos Renaux (Hospital Azambuja), através de suas chefias de departamento clínico, vem a público manifestar descontentamento e preocupação com fatos ocorridos e atual situação, no que tange ao atendimento da população. Graves incidentes envolvendo médicos e pacientes, que são do conhecimento público, alertaram para medidas urgentes a serem tomadas, a fim de evitar prejuízo material, físico e moral de médicos e funcionários, pois em algumas ocasiões, houve a necessidade de intervenção policial para solucionar conflitos. Tais situações envolveram pontualmente o Pronto-Socorro, Sala de Parto e Setor Pediátrico, porém feriram a honra e a dignidade da Instituição Hospitalar e quem nela trabalha.

O Pronto-Socorro tem a finalidade de atender casos de urgência e emergência, que por definição são casos que envolvem risco de vida ou sofrimento extremo, caso não seja feita alguma intervenção imediata. Atualmente ocorre um desvirtuamento da função do Pronto-Socorro, que passou a atender casos de doenças corriqueiras e realização de exames sem a necessária urgência, que atrapalham e até impedem o atendimento dos casos graves a que se destina.

A estatística revela que até 75% dos atendimentos realizados no Pronto-Socorro, não se enquadram na definição de casos que caracterizam urgência e emergência e quando os pacientes são confrontados sobre a necessidade de procurarem o serviço médico de urgência, a resposta é unânime, de que não há outro local onde possam ser atendidas suas demandas de saúde. O mesmo pode ser dito sobre o atendimento do setor de Obstetrícia, o qual funciona sempre no limite de sua capacidade e que além da atenção às gestantes em trabalho de parto e sob monitoramento fetal, necessitam atender demandas que seriam corriqueiras e de resolução ambulatorial, fora do âmbito hospitalar.

Atitudes imediatas devem ser tomadas, antes que fatos mais graves ocorram. Não devemos nos furtar de nossas obrigações, porém o Poder Público, gestor mor dos recursos financeiros destinados à saúde e a sociedade civil organizada, maior beneficiária dos serviços hospitalares oferecidos, devem tomar ciência da crítica situação e conjuntamente procurar soluções.

Levando em consideração o acima exposto, enumeramos alguns tópicos que devem ser debatidos e então, atitudes imediatas sejam postas em prática:

Revisão do modelo assistencial de saúde vigente no Município, possibilitando por exemplo, que as Unidades Básicas de Saúde, localizadas em Bairros, possam oferecer maior resolução das demandas clínicas da população.

  1. Revisão do modelo assistencial de saúde vigente no Município, possibilitando por exemplo, que as Unidades Básicas de Saúde, localizadas em Bairros, possam oferecer maior resolução das demandas clínicas da população.
  2. Retomar o projeto de criação de Unidades de Pronto Atendimento (UPA), diminuindo a necessidade de atendimento hospitalar para casos que não exijam atendimento hospitalar.
  3. Criação de um Ambulatório de Ginecologia e Obstetrícia para aliviar a demanda de consultas hospitalares. A demanda exagerada de consultas não urgentes vem sobrecarregando o setor da obstetrícia, obrigando o médico de plantão a dividir a atenção que deveria ser dispensada às pacientes graves e parturientes do dia, com pacientes que poderiam ter seus casos resolvidos ambulatoriamente.
  4. Contratação de pediatra para o Pronto Socorro. O atendimento pediátrico em nosso Pronto-Socorro é de um quarto dos atendimentos gerais, sem que haja um pediatra de plantão naquele setor. O pediatra que fica de plantão no hospital tem que prestar atendimento exigido no berçário, sala de parto e pacientes internados, além de realizar pareceres solicitados.

A solicitação de compreensão e colaboração se faz urgente, para que possamos manter o atendimento de urgência com a dedicação e a qualidade que a nossa população merece.

Atenciosamente,

Dr. Charles Machado – DIRETOR CLÍNICO

Dr. Getulio de Almeida – COORDENADOR DO SERVIÇO DE OBSTETRÍCIA

Dr. Gilberto Iwamoto – COORDENADOR DO SERVIÇO DE ORTOPEDIA

Dra. Rosely kloser – COORDENADORA DO SERVIÇO DE PEDIATRIA

Dr. Ademir Luiz De Nardi – COORDENADOR DO SERVIÇO DE CIRURGIA VASCULAR

Dr. Rafael Bernardi Franceschetto – COORDENADOR DO SERVIÇO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

Dr. Antônio de Pádua dos Santos Lanna – COORDENADOR DO SERVIÇO DE CLÍNICA MÉDICA

Dra. Lilly Ana Ainchinger – COORDENADORA DO SERVIÇO DE CIRURGIA GERAL

Dr. Gustavo Gumz Correa – COORDENADOR DO SERVIÇO DE RADIOLOGIA

Dr. Eugênio José Paiva Maciel – COORDENADOR DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Dr. Fabricio Capello Brasil – COORDENADOR DO SERVIÇO DE ANESTESIOLOGIA

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