18.2 C
Brusque
terça-feira, abril 23, 2024
InícioNotíciasGeralSeguindo petição ao MP, entidades de classes manifestam rejeição ao projeto que...

Seguindo petição ao MP, entidades de classes manifestam rejeição ao projeto que cria Assessor Parlamentar na Câmara

Data:

Publicidade

spot_img
spot_img
spot_img

Após aprovação do Projeto de Resolução nº 11/2021, apresentado pela mesa-diretora da Câmara, que cria cargo de Assessor de Parlamentar, manifestações populares criticam a proposta e também são acompanhadas de reprovações expressas por entidades representativas.

O projeto foi aprovado na última sessão ordinária, terça-feira, 07, sem discussão no plenário, no entanto, com votos contrários de dois vereadores, Ivan Martins e Rogério dos Santos (ambos do DEM). 

Além das manifestações nas redes sociais, um exemplo efetivo foi o pedido de ação civil pública ao Ministério Público, protocolado pelos ex-vereadores César Gevaerd e Fabrício Gevaerd.

Fabrício, como advogado, concedeu entrevista ao Jornal da Diplomata e explicou que além do aspecto moral, a petição alega que a referida resolução fere os princípios de razoabilidade.

“Efetivamente esses 15 assessores não terão o que fazer, são desnecessários, são ônus, esse dinheiro deveria ser repatriado para aonde existe a necessidade efetiva no município”, disse Fabrício.

Entidades representativas: O Observatório Social de Brusque — OSB manifestou-se contrário ao Projeto de Resolução n.º 11/2021. O presidente executivo do órgão, Claudemir Marcola destacou que a Câmara já dispõe de funcionários para auxiliar os vereadores e em caso de necessidade para trabalhos administrativos uma proposta de estagiários com universidades poderia suprir a demanda.

“Seria até melhor, pois estaria servindo na casa um funcionário sem interferência política, sem onerar a casa legislativa, sentimos também a falta de diálogo”, disse.

A presidente da ACIBR, Rita Conti, comentou que a aprovação do projeto de resolução surpreendeu a entidade de classe.

“Fomos surpreendidos que aprovado o projeto, a classe empresarial se manifestou contrário a essa decisão”, destacou.

Em nome da CDL, Fabrício Zen disse entre o fator contrário ao projeto, faltou diálogo com a comunidade e entidades de classe.

“Entendemos que não houve comunicação por parte dos vereadores com as entidades, a CDL apoia a ideia do Observatórios Social que é a contratação de assessores estagiários, que podem suprir a demanda”, frisou.

O Sindilojas seguiu o contexto da desaprovação ao projeto, conforme destacou Marcelo Gevaerd.

“Faltou falta de transparência e de diálogo, a resolução aumenta os gastos do funcionalismo público e causa surpresa por se tratar de uma decisão unilateral, sem qualquer envolvido da comunidade, fomos pegos de surpresa”, disse.

A AMPE – Associação das Micros e Pequenas Empresas se manifestou por meio de nota pública.

A Associação das Micro e Pequenas Empresas de Brusque e Região (AmpeBr), entidade que faz parte da história têxtil de Brusque e de Santa Catarina, pelas ações que desenvolve de fomento e projeção deste importante setor econômico, na mesma linha de demais entidades da cidade, vem também manifestar seu posicionamento contrário à aprovação da Resolução nº 11/2021 pela Câmara Municipal.

A referida resolução foi aprovada na sessão ordinária do Legislativo no dia 7 de dezembro de 2021, e, cria o cargo de Assessor Parlamentar não concursado e indicado por livre nomeação de cada um dos vereadores, por indicação. O cargo ainda não possui vencimentos definidos, mas, possui 15 vagas (uma para cada vereador), carga horária semanal de 30 horas, tendo como requisito único para a investidura de formação em ensino médio completo, entrando em vigor já abruptamente a partir de 1º de janeiro de 2022.

A população de modo geral da cidade, bem como a classe empresarial brusquense, receberam a notícia da aprovação com surpresa e, desde então, têm manifestado posicionamentos contrários à resolução.

Para a AmpeBr, assim como demais entidades, um prévio diálogo dos representantes eleitos pelo povo da casa legislativa sobre a matéria em questão deveria ter sido realizado, não só com a população de modo geral, mas principalmente com representantes do Conselho de Entidades da cidade, que, representam os anseios de vários setores sociais e da economia local, e que sempre estiveram abertos ao diálogo.

Assim como as demais instituições, a AmpeBr vê que a criação de tal quantidade de cargos contribui para o aumento dos gastos públicos da Câmara, significativamente. Além do que, entendemos que seja fundamental o diálogo para refletir se é necessário tal implemento de gastos neste momento, onde o país e a cidade ainda sentem as consequências do impacto da pandemia. 

Publicidade
WhatsApp chat