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sexta-feira, março 29, 2024
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Comunidade Santa Rita celebra Dia da Padroeira

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Era por volta das 18h30 de domingo, 22 de maio, quando os sinos da Comunidade Santa Rita começaram a badalar. A espera era pela imagem da santa padroeira, que chegava em carreata, após a missa das 17h, na igreja Matriz São Luís Gonzaga.

Depois do tríduo e das festividades que reuniram a comunidade ao longo da semana, a expectativa ainda era grande pela celebração das 19h, no local, por se tratar do Dia de Santa Rita de Cássia, conhecida como a padroeira das causas impossíveis.

“É inexplicável nosso sentimento. A comunidade estava carente por este encontro, após os dois anos de pandemia. Durante a carreata, o povo na rua acolheu e aplaudiu a imagem de Santa Rita. Foi muito bonito”, comemora o coordenador da comunidade, Carlos Carmelo Lang.

Segundo ele, além dos fiéis do bairro e das demais comunidades que integram a paróquia São Luís Gonzaga, as missas foram marcadas pela presença de devotos de outros municípios, como Gaspar, Blumenau e Itajaí. “É muito forte a devoção das pessoas por nossa padroeira. A fé que Santa Rita de Cássia tinha em Deus é algo que não se pode explicar, mas que procuramos viver através de seu testemunho”, afirma.

Além das celebrações, houve festividades no local e completo serviço de bar e cozinha. E a receita proveniente do evento já tem destinação. “No salão comunitário precisamos instalar um elevador, para acesso de crianças com deficiência e de idosos, ao piso superior. Temos, ainda, um projeto de revitalização do presbitério e da melhoria do som, que serão executados no decorrer do tempo”, conta o coordenador.

Devoção

O vigário assistente da comunidade Santa Rita de Cássia, padre Rodrigo Fernando Tascheck, lembra que no local são celebradas missas sempre no dia 22 de cada mês, considerado o Dia Devocional da padroeira. “Mas 22 de maio é especial, por ser o dia de Santa Rita de Cássia. Em 2022, após dois anos sem celebração por conta da pandemia, a igreja volta repleta de fiéis que, com muita fé, agradecem a Deus pelo dom da vida de Santa Rita e contam com sua intercessão, junto de Deus, no céu”, diz o sacerdote.

Para padre Rodrigo, os dias de festa foram emocionantes, não apenas pelo envolvimento da comunidade, mas pela presença expressiva de fiéis que vivenciaram momentos de convivência, partilha e oração. “É um reflexo desta retomada. Muitos foram convidados a ficar em casa por uma questão de saúde pública e, agora, vivemos este recomeço”, detalha.

Saiba mais

Durante a homilia, padre Rodrigo contou a história de Santa Rita de Cássia que, desde menina, queria se consagrar religiosa. No entanto, obediente aos pais, se fez esposa de um homem difícil de conviver.

“Rita assumiu a sua cruz e, através da oração, conseguiu a conversão de seu marido. Por pendências do passado, ele morreu assassinado, mas convertido. Viúva, enfrentou dificuldades para criar seus filhos, que nutriam sentimento de vingança. Rita, então, rezava para Deus leva-los antes dos dois perderem o céu, pois estava consciente da vida eterna”, conta padre Rodrigo.

Sem pais, sem marido e sem filhos, Rita foi até o convento e compartilhou com as irmãs seu desejo de entregar-se plenamente para Deus. Lá, recebeu um não como resposta.

“Uma das irmãs chegou a compará-la com uma figueira seca que havia no claustro, afirmando que ali não era o seu lugar. Mas Rita continuou em oração. Uma noite, dormiu em casa, e acordou na manhã seguinte, no convento. Quando as irmãs a encontraram, perceberam que a figueira estava florida e entenderam isso como um sinal de Deus, para acolher Rita na clausura”, pontua, o sacerdote.

Santa Rita de Cássia ainda recebeu na fronte uma chaga de Cristo, que chegou a cicatrizar em sua visita até Roma, mas voltou a abrir logo que retornou ao convento. Por fim, próximo da morte, em pleno inverno rigoroso da Itália, ela pediu que uma irmã buscasse no jardim uma rosa e dois figos.

“A rosa representava seu marido e, os dois figos, seus filhos. Rita teve então a certeza de que eles estavam próximos de Deus. Ao morrer, em 22 de maio de 1457, os sinos badalaram e todo o espaço foi tomado pelo perfume de rosas”, relata padre Rodrigo.

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