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quinta-feira, maio 2, 2024
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Hospital Imigrantes de Brusque realiza mutirão de cateterismo pediátrico pelo SUS

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Convênio com Governo do Estado possibilitou o procedimento em crianças de diversas cidades catarinenses

A última semana foi especial para Imigrantes Hospital e Maternidade de Brusque, administrado pelo Instituto Maria Schmitt – IMAS, que realizou um mutirão de cateterismos pediátricos em oito crianças, com idades entre 11 meses e oito anos, vindas de Fraiburgo, Lages, Forquilhinha, Irineópolis, Concórdia, Caibi, Joinville e Florianópolis.

Os procedimentos, necessários para diagnosticar ou tratar doenças cardíacas, foram feitos nos dias 8 e 9 de junho, sendo que as crianças foram internadas acompanhadas por familiares já na terça-feira (6), para exames e preparação para o cateterismo.

De acordo com o diretor de Regulação e Implantação do IMAS, Robson Schmitt, todos os cateterismos foram bem sucedidos e os pacientes já receberam alta médica. “Este mutirão realizado por uma equipe multiprofissional do hospital foi viabilizado em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde, pelo Sistema Único de Saúde – SUS, e só foi possível graças aos novos leitos de UTIs pediátricos recentemente contratualizados pelo Governo do Estado junto ao Hospital Imigrantes. Com isso, conseguimos amenizar o sofrimento destas oito famílias e, principalmente, destas oito crianças”, explica.

Acolhimento lúdico

Para receber os pequenos pacientes a equipe do Hospital Imigrantes, coordenada pela colaboradora Magda R. Mendes, cuidou de cada detalhe para que as crianças se sentissem felizes dentro da unidade. Para isso, os espaços ganharam balões e painéis com os personagens da série infantil Patrulha Canina. Um carrinho elétrico foi disponibilizado para entreter as crianças nos corredores do hospital e todas receberam um “Certificado de Coragem” durante o procedimento de alta médica.

“A ideia do certificado foi do nosso diretor, Dr Robson. O intuito foi proporcionar às crianças um ambiente leve e divertido. Transformar a rotina do hospital em algo mais colorido e agradável ao mundo infantil, pois são crianças que já chegam com medo do hospital para tratar de uma situação atípica para idade delas”, ressalta Magda.

Segundo ela, desde o primeiro contato com os pais foi possível sentir a alegria misturada com alívio pelos filhos poderem fazer o cateterismo. “Para mim, que sou mãe, não tem como não se emocionar. Enquanto os filhos estavam no exame nós fomos conversando com os pais, acalmando e trazendo notícias. Toda a equipe foi muito atenciosa com as crianças e com os seus familiares”, completa.

Compuseram a equipe os médicos cardiologistas Joca Manica, Adrian Kormann e Diego Pinheiro, os pediatras intensivistas Laiza Brose e Marcos Furtado e os anestesiologistas Francisco Ayres, Suelen Leal e Paulo Romandini.

O cateterismo

A pediatra intensivista Laiza Brose, integrante do time que participou do mutirão, destaca que o cateterismo não é só um exame e pode também funcionar como tratamento de algumas doenças Porém, a realização do procedimento somente é possível com a disponibilidade de leitos de UTI.

“Neste mutirão nós tivemos crianças que vieram encaminhadas para diagnosticar a cardiopatia que possuem ou para planejar um procedimento cirúrgico mais complexo, e outras que vieram para fazer o tratamento definitivo da doença. Invariavelmente, os pacientes precisam se recuperar em leitos de Unidade de Terapia Intensiva”, ressalta.

Para Deise Mara Sasso (35), mãe do paciente Lorenzo Luiz Sasso (6), o cateterismo do filho foi uma mistura de sentimentos. “Quando ele entrou para a cirurgia eu não sabia nem o que sentia, porque era tudo junto. Eu tinha vontade de chorar, estava feliz e com medo ao mesmo tempo. Quando cheguei na UTI, depois da cirurgia, e vi a alegria dele, a expectativa que tinha de poder fazer tudo aquilo que não lhe era permitido fiquei muito feliz”, conta ela, que esperou seis anos por este momento.

Segundo a mãe, Lorenzo não vê a hora de poder brincar como todas as crianças da sua idade. “Ele quer andar de bicicleta, jogar bola e realizar atividades comuns a todas as crianças. Coisas de guri, que ele não podia fazer”, conclui ela, que mora com a família em Caibi, no extremo Oeste do Estado.

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