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Barragem de Botuverá é tema da reunião da ACIBr

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Encontro teve a presença de especialista em Recursos Hídricos, do coordenador da Defesa Civil de Brusque e do coordenador regional de Infraestrutura de Santa Catarina

A barragem de Botuverá foi a pauta da reunião da Associação Empresarial de Brusque, Guabiruba e Botuverá (ACIBr) nesta segunda-feira, 23 de outubro. Com as chuvas das últimas semanas e os problemas enfrentados por cidades do Alto Vale com as enchentes, o projeto da barragem voltou ao centro das discussões, já que a estrutura foi anunciada pelo Governo do Estado em 2012, mas nunca saiu do papel.

Na reunião de segunda-feira, a ACIBr recebeu o engenheiro agrônomo especialista em Recursos Hídricos, Carlos Alberto Rockembach; o coordenador da Defesa Civil de Brusque, Edevilson Cugiki e o coordenador regional de Infraestrutura de Santa Catarina, José Luiz Colombi, o Nene, que reforçaram a importância da barragem para Brusque e toda a região.

O presidente da ACIBr, Marlon Sassi, destaca que este é o momento de cobrar uma ação efetiva do governo para que a construção aconteça. “Passamos por um grande susto com as chuvas. Temos obras que foram feitas e que ajudaram a ter esse resultado, mas existem obras por fazer, e precisamos de celeridade. Sabemos que a barragem de Botuverá está com a documentação, licenças ambientais e projetos prontos. Ela chegou a ir para o edital, então não há justificativa para estar parada”.

Marlon ressalta o papel fundamental da ACIBr na busca por informações e na cobrança de respostas do governo do Estado sobre a obra. “Precisamos seguir unidos, elaborar um documento e levar para quem é capaz de tomar decisões. Vamos levantar dados e tudo o que é necessário para convencer o Estado sobre a necessidade desta obra”, enfatiza Marlon, que também deixa o convite para que demais empresários se associem à entidade, com o propósito de aumentar ainda mais essa representatividade.

Prevenção de cheias

Durante a reunião, o engenheiro agrônomo especialista em Recursos Hídricos, Carlos Rockembach, apresentou um panorama sobre as barragens do estado. Ele explicou que a função da barragem não é represar a água, mas retardar o escoamento e, assim, os municípios conseguem ganhar tempo para alertar a população e tomar medidas de prevenção horas antes do pico da cheia.
“Não existe enchente que não possa ser prevista. O que precisamos saber é o momento em que vai haver o pico e qual será essa magnitude”.

No caso da região de Brusque, o engenheiro explica que o pico do rio Itajaí-Mirim é calculado com base nas informações da estação da localidade de Salseiro, em Vidal Ramos. “Com essa medição, conseguimos estimar, com alguma segurança, a magnitude do pico e o momento em que vai ocorrer”.

Ele ressalta a importância da mobilização da ACIBr em torno da construção da barragem de Botuverá. “É um momento propício, ainda estamos passando por um evento extremo de forma estadualizada. Felizmente, não tivemos todo o impacto em Brusque, justamente por essa cultura de prevenção, mas podemos melhorar muito ainda, porque esses eventos extremos são cíclicos, e a cada momento pode ocorrer um novo, então temos que estar preparados”, adverte.

O coordenador da Defesa Civil de Brusque, Edevilson Cugiki, lembra que a barragem é uma obra extremamente importante, não apenas para Brusque, mas para toda a região. “Ela vai beneficiar uma grande parcela da população do Estado. Para Brusque tem a questão da contenção das cheias, mas várias cidades serão beneficiadas também pela geração de energia e de água potável”.

Segundo ele, no município, a principal função da barragem será aumentar o tempo para prevenção das cheias. “Não significa que, com a barragem, nunca mais vai acontecer uma enchente em Brusque. Mas ela vai amenizar muito o efeito da enchente na cidade, principalmente pelo tempo de resposta, porque atrasando o horário de pico da cheia, teremos mais tempo para alertar a população”.
O coordenador regional de Infraestrutura de Santa Catarina, José Luiz Colombi, o Nene, foi prefeito de Botuverá durante oito anos, e conhece muito bem o projeto da barragem e todas as dificuldades enfrentadas para conseguir as licenças necessárias. Ele afirma que há um planejamento para que todos os projetos de barragens do estado sejam alocados na Secretaria de Estado de Infraestrutura, entretanto, até o momento não houve nenhuma manifestação oficial sobre o assunto.

“A hora que acontecer, estarei presente, pois conheço o projeto e sei da necessidade da barragem. Ela não tem conflito local e social, está com as licenças ambientais prontas. Vejo como muito positiva a iniciativa da Associação de levar o assunto ao governador e tenho certeza que ele vai se sensibilizar. É uma obra importante, e precisamos brigar para a construção o mais rápido possível, pois esses eventos extremos serão cada vez mais frequentes”.

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