A escritora carioca Bruna Glacy Ribas, que tece palavras em profundidades, é autora de dois livros. O primeiro romance, “Da Cor do Mar”, lançado em 2021, e recentemente, o “Casulo na Estepe”. São obras-primas. O pulso de escritora começa na infância, das raízes artísticas, desde os 9 anos, Bruna já lançava construções. Sua comunicação com as letras traçou-se por anseios de autodescobrir-se. Sendo assim, nada melhor que o espelho da literatura.
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Em 2021, Bruna lançou a obra-prima “Da Cor do Mar”. O romance tem como alvo uma discussão contemporânea, mas de pouco evidência. Bruna narra no enredo personagens com autismo na fase adulta.
“Comecei a escrever por sentir falta de ter conteúdo, ou mesmo na literatura-ficção, obras relacionadas ao autismo na fase adulta”, explicou. O romance coloca o personagem central com autismo em colisão no enlace afetivo com o par.
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“Não só o personagem autista vai se desenvolver e superar dificuldades, como a outra personagem, mais complexa; se forma um casal, talvez improvável”, explicou.
A obra também se desenvolve com temas centrais do autismo, desde os diagnósticos de suportes, Tipos 1,2 e 3, com nuances de cada especificidade e sobre um termo muito utilizado no campo pedagógico, o “capacitismo”.
No entanto, a referência se volta para um público jovem-adulto autista que enfrenta barreiras sociais, com a dificuldade para inclusão no mercado de trabalho e nos relacionamentos pessoais.
“O autismo é uma deficiência, mas não completamente limitadora”, frisou.
Como exemplo, no Transtorno do Espectro Autista (TEA) Tipo 1, muitas vezes se usa a expressão “autismo leve”. Porém, no campo adulto, Bruna coloca em “Da Cor do Mar”, que pode ser intepretação
“As pessoas tendem a pensar que isso não atrapalha ou impede o autista de realizar alguma atividade, e isso gera o capacitismo – então ele, o autista, acaba ouvindo estigmas sociais”. Entre os casos, a falta de interesse, preguiça e conceitos preceituosos.
“O autista tem dificuldade de socializar, criar laços, fazer amizades. E isso se manifesta no livro, mas que serve de incentivo para romper certas barreiras”, comentou.
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O Casulo na Estepe – o leitor será impulsionado para um mundo de crônicas que se passam em campo aberto, pradaria (estepe), com os enigmas da metamorfose totalmente expostos, magistralmente tecidos com sutilidades entre o personagem e o leitor.
“Um conjunto de reflexões sobre a vida, é uma jornada de se descobrir, ao mesmo tempo colocando o leitor como parte disso”, comentou Bruna.
Sendo fiel ao mistério metamórfico mais ritualístico da natureza, o Casulo, com o maior expoente de liberdade natural, a estepe, a escritora carioca Bruna Ribas escreveu seu mais novo livro alçando o primeiro voo de uma borboleta que sai do envoltório com voracidade de uma literatura que atrai o leitor para o campo aberto de reflexões. A jornada em profusão para escrita do livro foi de sete dias, uma mostra da intensidade e escrita prolifica figurada em forma de crônicas.
“Eu acredito que literatura tem essa caraterística incomum de provocar o leitor, é um grande confronto”, comentou.
“Ouça o sussurro do verto torpe. Eu não vim me apresentar à toa. É porque estou indo embora. É porque não ficarei muito tempo. Estou para morrer. E para nascer. É a metamorfose da vida, é a largata, a minhoca, o inseto pegajoso, a ganhar vida, depois morrer. Respira fundo, porque a morte é mesmo pessimista e dolorosa…”, trecho do livro.
Para ter acesso as obras “Da Cor do Mar” e “O Casulo na Estepe”, podem ser encontrados na editora gráfica Uiclap.
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Sinopse
Da Cor do Mar
No coração do Rio de Janeiro, de frente para o tempestuoso mar de Ipanema, duas vidas completamente diferentes se encontram, enlaçadas pelas forças implacáveis do destino. Alisson, uma moça que por muito tempo teve tudo o que quis e as pessoas aos seus pés, se vê perdida quando é indicada para um emprego temporário na casa de um rapaz que tem autismo. E ao se deparar com uma realidade para a qual ela nunca olhou, ela tem em suas mãos a oportunidade de concertar seus erros e fazer sua vida valer a pena, pela primeira vez. E Dante, um autista tímido e inseguro, com suas pinturas e sua delicadeza, vai mostrar para Alisson que muito mais importante que ser bem sucedida na carreira, é também preciso ser bem sucedida no coração.
Sinopse
O Casulo na Estepe
O Casulo na Estepe é um livro que foi escrito em 7 dias, tendo como pano de fundo para sua metáfora, a vida da autora, ao mesmo tempo que entrelaça-se com experiências cotidianas, acompanhando o processo da metamorfose como parábola para um encontro consigo e com os outros. Neste livro, que também é uma experiência, através do uso de uma linguagem figurativa e marcante, autora e leitor encontram-se na estepe, de modo a fazerem uma viagem ao mais primário e profundo interior que pode ser encontrado na alma de cada um de nós.
Bruna Ribas
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Nascida no Rio de Janeiro, em 1997, Bruna escreve desde os 09 anos. Para além de contribuir com arte e literatura, Bruna busca tocar corações e emocionar leitores de todos os lugares do país.