A visita ocorreu no dia do aniversario de 165 anos, da cidade, onde prestigiou a inauguração da nova exposição de longa duração do Museu Casa de Brusque
O governador do estado, Jorginho Mello, participou das celebrações do aniversário de 165 anos de Brusque nesta segunda-feira, 4 de agosto, onde prestigiou a inauguração da nova exposição de longa duração do Museu Casa de Brusque. Em conversa com a imprensa, o governador destacou a importância do município para a economia catarinense e abordou temas como investimentos estaduais e o impacto do novo tarifário dos Estados Unidos.

Elogios à História e ao Empreendedorismo de Brusque
Jorginho Mello elogiou a cidade, ressaltando seu histórico de “superação e progresso”. Ele enfatizou o papel dos empreendedores locais na economia de Santa Catarina e a qualidade dos produtos produzidos na região. Sobre a nova exposição do museu, o governador a classificou como um importante resgate da história local, que, segundo ele, é construída com “lágrimas e suor”. A obra recebeu apoio do governo estadual por meio da Lei Rouanet e do Programa de Incentivo à Cultura (PIC).

Investimentos em Infraestrutura e Desenvolvimento
Durante a entrevista, o governador detalhou os investimentos estaduais em infraestrutura. Ele destacou o programa Estrada Boa, que, conforme sua gestão, já revitalizou 47 rodovias e elevou a porcentagem de estradas em boas ou ótimas condições de 73% para 80%. A meta, segundo Mello, é atingir 100% até o fim do ano.
Outras iniciativas citadas incluíram o investimento da Celesc em energia trifásica, um projeto de melhoria de internet na zona rural e o apoio a jovens egressos de escolas técnicas. Para esses jovens, o governo oferece um incentivo de R$ 60 mil via Badesc para que permaneçam no campo.
Análise do Impacto de Tarifário Americano e Soluções para Empresas
Jorginho Mello também comentou sobre o chamado “tarifaço” imposto pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Ele informou que o governo catarinense está realizando um levantamento detalhado para avaliar o impacto real nas empresas do estado.
“Chegamos a um número de 861 empresas possivelmente afetadas. Agora estamos analisando quais exportam para os EUA, quais produtos são atingidos e se há alternativas de operação internacional”, explicou. O governador afirmou que alguns setores, como o de madeira, já foram descartados da lista de afetados. Ele mencionou que grandes empresas, como a WEG e a Tupy, com filiais no exterior, podem adaptar suas operações. Para as empresas que forem prejudicadas, Mello assegurou que o governo buscará soluções, como incentivos fiscais e a busca por novos mercados através do programa Invest SC.

Modelo de Gestão e Contribuição para o Brasil
Ao final da conversa, Mello reiterou que Santa Catarina foi o único estado que não aumentou o ICMS e, mesmo assim, registrou aumento na arrecadação. “Eu provei que, se você reduzir a carga tributária, você arrecada mais. Ninguém gosta de sonegar. Se o imposto é justo, o cidadão quer andar certo”, defendeu.
O governador concluiu reforçando o compromisso de Santa Catarina em continuar contribuindo com o país, mesmo diante dos desafios. “O estado de Santa Catarina dá conta do recado. Estamos aqui visitando Brusque, 165 anos de conquista, e seguimos trabalhando para um estado mais forte, mais pujante, que ajude o Brasil a sair da crise”, finalizou.
Jorginho falou sobre a possível candidatura de Carlos Bolsonaro ao senado por Santa Catarina
O governador falou sobre a possível candidatura de Carlos Bolsonaro ao Senado pelo estado nas eleições de 2026. Segundo o governador, há um acordo com o ex-presidente Jair Bolsonaro para a divisão das indicações às duas vagas do Senado. “O presidente Bolsonaro é a maior liderança de direita do Brasil. Ele tem um filho que é senador, outro que é deputado federal, e o Carlos, que é vereador no Rio. Estão dizendo que ele está bem avaliado em pesquisas, mas eu não conheço esses números”, declarou Mello.
O governador declarou que existe um acordo político: “Há uma conversa, sim. Nós temos duas vagas para o Senado: uma eu indico e outra ele indica, foi isso que combinamos.”
Jorginho Mello criticou o lançamento precoce de candidaturas, afirmando que a definição política será feita apenas em abril do próximo ano e que seu foco agora é a gestão estadual. “Tem gente que queima largada, lançando candidatura antes da hora. A composição política é para abril do ano que vem. Agora, estou focado em trabalhar por Santa Catarina.”
Ainda sobre a candidatura de Carlos Bolsonaro, o governador reforçou que a decisão final caberá aos eleitores catarinenses. “O Carlos Bolsonaro foi desejo do presidente Bolsonaro. Mas quem decide é o povo. Eu só tenho um voto, tem o Carlos, tem a Carol, tem o Esperidião, o pessoal do Novo, e tantos outros nomes. Esse é o processo democrático”, concluiu.

Acompanhe a entrevista completa, repercutida, no Jornal da Diplomata desta terça-feira, 05 de agosto de 2025.