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A conquista histórica do Carlos Renaux e o futuro incerto no Augusto Bauer

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Em meio à Série B do Catarinense, um cenário onde as narrativas de Blumenau e Metropolitano pareciam dominar as manchetes, uma reviravolta digna de cinema aconteceu. O Carlos Renaux, um clube com 111 anos de história, roubou o protagonismo e escreveu um de seus capítulos mais memoráveis. Mais de quatro décadas após sua última aparição na elite, o time de Brusque está de volta à primeira divisão, e a conquista veio de forma épica.

O ponto de virada foi a semifinal contra o Metropolitano. Um jogo tenso e dramático, à altura de qualquer clássico, que viu o Renaux emergir vitorioso diante de uma multidão de torcedores que compareceram para testemunhar o retorno triunfal.

A campanha não foi isenta de desafios. A saída do técnico Luis Carlos Cruz na reta final da primeira fase poderia ter desestabilizado a equipe. No entanto, o clube surpreendeu, apostando em Diego Correa, técnico do Sub-17, que assumiu o comando em um dos momentos mais críticos. Sua vitória no jogo do acesso, mesmo com um histórico de uma vitória e duas derrotas nos três jogos finais, eternizou seu nome na história do Vovô do Futebol Catarinense.

Diferente das campanhas anteriores, o time ganhou força na reta final. Jogadores cruciais se destacaram, como o jovem meia-atacante Cássio. Com apenas 21 anos, ele personificou a resiliência da equipe, marcando gols em momentos decisivos. Em apenas três jogos, Cássio balançou as redes três vezes, incluindo o gol do acesso, além de dar a assistência para o gol de abertura de Hebert.

Outro herói inesperado foi o goleiro reserva Allan Roden, que assumiu a responsabilidade de substituir o titular Airon, que havia defendido dois pênaltis no jogo de ida. Sua atuação firme e segura no jogo decisivo foi fundamental para garantir a vitória e o tão sonhado acesso.

A conquista coroa a visão de uma diretoria que, sob a liderança do presidente Taico, manteve a fé no projeto de reerguer o clube, mesmo em meio à desconfiança. O retorno do time ao profissionalismo em 2018, após 12 anos, foi o primeiro passo de uma jornada que agora alcança seu ápice com a volta à elite.

O desafio do Augusto Bauer: A novela que não acaba

A celebração, no entanto, é agora acompanhada por uma sombra: a situação do Estádio Augusto Bauer. Com o acesso garantido, o Carlos Renaux, assim como o Brusque, precisa de um campo que atenda aos novos requisitos da FIFA Quality Pro para a Série A de 2026. O gramado sintético, instalado em 2024, não possui essa certificação.

A diretoria do Renaux questiona a necessidade de uma nova troca tão logo, e cobra a empresa responsável pela instalação. O custo estimado para a substituição do gramado ultrapassa os R$ 3 milhões, um valor que coloca ambos os clubes em uma encruzilhada.

Pela primeira vez em muito tempo, o Carlos Renaux e o Brusque enfrentam um problema compartilhado. A pressa por uma solução é mútua, já que ambos precisam do Augusto Bauer apto para a Série A do catarinense. Com o contrato de aluguel válido até 2027, a busca por uma saída para o dilema do estádio já está em curso, prometendo mais um capítulo na longa e turbulenta história do palco de Brusque.

O presidente da Federação Catarinense de futebol Rubens Renato Angelotti, o Rubinho, já declarou que os dois times brusquenses poderão jogar a Copa Santa Catarina, mas ao fim dela, o gramado será interditado tanto pela FCF quanto pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A decisão é definitiva. “Ainda vamos deixar ele jogar a Copa Santa Catarina aqui, ano que vem não joga mais nem Brusque nem ele aqui. Está interditado”. Aguardemos senas dos próximos capítulos.


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