No início da tarde desta segunda-feira (18) a Coordenadoria de Proteção e Defesa Civil de Brusque realizou mais um balanço sobre a situação das chuvas no município e tranquilizou a população sobre o risco de enchentes. Brusque contabilizou, nas últimas 24 horas, 10 deslizamentos, uma queda de árvore e cinco pontos de alagamentos mais críticos.
O bairro Limeira Alta recebeu o maior acúmulo de água, sendo registrado o equivalente a dois terços do mês de fevereiro para aquela região. Durante a tarde, duas equipes realizam o atendimento de ocorrências na cidade.
“Todas as medidas que cabem a Defesa Civil para auxiliar a população estão sendo tomadas, levando também junto as demais secretarias da administração municipal quando se pode resolver de imediato o problema do cidadão”, explica o diretor da Defesa Civil, Carlos Alexandre Reis.
De acordo com ele, as chuvas que atingem Brusque vêm do Litoral para a parte interna do continente. Desta forma, Botuverá e Vidal Ramos registraram menores volumes de água do que Brusque. “Ontem a noite já circularam na Internet notícias falsas (fake news) dizendo que o rio sairia da calha e que iríamos ter enchente. Nesse momento, isso não é verdade. As chuvas estão vindo do Litoral, por isso a região de Brusque mais afetada é a parte Norte”, afirma.
Ocorrências
Entre as situações mais graves registradas pela Defesa Civil está uma queda de encosta no bairro Poço Fundo sobre uma garagem. Foram registrados danos materiais, incluindo o veículo do proprietário. Outro atendimento significativo foi o deslizamento ocorrido nos fundos de uma empresa no bairro Nova Brasília. “Já foi liberada a retirada do material do local e solicitada a evacuação de parte da empresa, que coloca em risco a vida dos funcionários. Se a chuva persistir pode deslizar mais material e trazer um dano maior a empresa”, detalha Reis.
Para ele, uma ocorrência atendida no bairro Limeira Alta foi destaque. “Tivemos um deslizamento em uma terraplanagem irregular que obstruiu a via. Se tivesse alguém transitando no local poderia ter ido a óbito. Já estamos atuando junto com o IBPLAN (Instituto Brusquense de Planejamento) e a Fundema (Fundação Municipal do Meio Ambiente) sobre esse caso, que para nós é um dos mais complicados, pois ainda há risco para quem transita pelo local”, alerta.