Com o ano atípico, em função da pandemia da Covid-19, a equipe BBF – Berço da Fiação procura adaptar a rotina dos atletas e o funcionamento do Centro de Treinamento.
As medidas de flexibilização no esporte provocaram uma nova movimentação, em função da procura pelos espaços de treinamentos e uma possível retomada das principais competições.

No caso do bicicross, está prevista a realização do Campeonato Paulista, a partir do dia 10 de outubro. Em Santa Catarina, o anúncio dos Jogos Abertos de Santa Catarina movimentou o ciclismo, por sua vez, o bicicross já deu sinais agitação.
De acordo com o vice-presidente, Helcius Zimmermann, o CT tornou-se uma referência para treinamentos. Clubes e equipes das cidades vizinham procuraram a pista da BBF, localizada na Estrada da Fazenda, para manter a atividade, porém, a associação precisou tomar medidas de controle, para resguardar o cumprimento dos protocolos da saúde.

Helcius conta que num primeiro momento a procura pelo centro de treinamento foi alta, com um fluxo de 20 a 30 pessoas interagindo na pista, o que gerou o conflito com as recomendações de não haver aglomerações – distanciamento social. A BBF chegou a receber pilotos de equipes das cidades de Blumenau, Novo Hamburgo e Joinville.
Pensando na segurança e nos requisitos de responsabilidade da equipe, a BBF decidiu por restringir o espaço para os atletas da casa.
“Embora o nosso CT seja um local privado a gente sempre procurou estender o acesso à outras entidades. Acontece que durante a pandemia o acesso a terceiro foi eliminado porque a gente não conseguia ter um controle do número de pessoas”, explicou Zimmermann.
“Estamos analisando e viabilizando dentro do possível pedidos de treinos de entidades de cidades da região”, complementa.

No âmbito das competições, a equipe BBF trabalha para dar oportunidade na preparação dos atletas, a retomada dos campeonatos. Conforme Helcius, a sensação de “recuperar o tempo perdido” gerou uma demanda diferente.
“É uma situação no cenário esportivo nacional, mas, penso que é preciso retornar com responsabilidade (gradual). O cenário fica movimentado e uma demanda maior tendo em vista competições que se aproximam”, frisou Helcius.
A pandemia não provocou impacto somente no calendário de provas. A BBF tinha em na agenda a realização de um projeto de escolinha para fomentar a renovação de pilotos. O projeto tinha como meta oportunizar a pratica do bicicross para crianças e adolescentes, em função da mudança da pista para uma região mais afastada da localização central da cidade.
“Desde que pista pública saiu do centro da cidade a gente perdeu a renovação orgânica que acontecia, muitos pais levavam seus filhos que mostravam interesse; hoje a pista está num local afastado. Em parceria com nossos patrocinadores desenvolvemos o projeto, mas a pandemia chegou num momento que dávamos os primeiros passos – mas ele está na gaveta e pretendemos retomar o mais rápido possível”, explicou o vice-presidente da BBF.

A pista montada na Estrada da Fazenda foi construída com recursos próprios da BBF em parceria com os patrocinadores.

Durante a pandemia, a associação realizou melhorias, como iluminação nas primeira e segunda reta, que teve apoio da empresa Gilberto Motos; nos fundos da pista foram montadas três rampas (Dirt Jump) para fins recreativos e de desenvolvimento de técnicas de saltos.
No circuito da pista, o esforço conjunto entre pais e atletas, foi possível a concretagem dos dois paredões na pista.

“Queremos deixar nossa gratidão aos patrocinadores que são parceiros nesta caminhada”, frisou Helcius.
A BBF conta com os apoios publicitários das empresas: Embrast Embalagens, Imobiliária Moresco, Bompack e Sociedade Esportiva Bandeirante.
Acompanhe a entrevista realizada.