24.8 C
Brusque
domingo, maio 5, 2024
InícioNotíciasEducaçãoEstudantes do Colégio São Luiz compartilham experiências após intercâmbio na Alemanha

Estudantes do Colégio São Luiz compartilham experiências após intercâmbio na Alemanha

Data:

Publicidade

spot_img
spot_img
spot_img

Estudantes do Colégio São Luiz compartilham experiências após intercâmbio na Alemanha

De volta ao Brasil, jovens afirmam que intercâmbio superou as expectativas e rendeu momentos especiais

Após um mês imersos na cultura alemã, os estudantes do Colégio São Luiz estão de volta ao Brasil, trazendo na bagagem não apenas lembranças, mas experiências enriquecedoras e muitas histórias para contar. Betina Mosimann Busnardo, Isabella Cris Nicolau, Maria Elisa Padoani Reis Samudio, Olívia Bäumgartner Kohler e Rodrigo Silva Gelsleichter embarcaram para o intercâmbio na Alemanha no dia 26 de dezembro e, durante um mês, tiveram a oportunidade de viver intensamente a rotina germânica nas cidades de Stegen e Handrup. Durante todo o período, os estudantes estiveram sob a supervisão do frater João Pedro Kuberesky, que os ajudou a tornar a experiência ainda mais proveitosa.

De volta à rotina no Colégio São Luiz, o grupo afirma que o intercâmbio superou as expectativas. Durante o período na Alemanha, os jovens criaram laços, conseguiram aperfeiçoar o inglês e o alemão, conheceram novos lugares, novas culturas e uma nova rotina escolar.

Salas de aula e tecnologia

A primeira parada do grupo foi na cidade de Freiburg, onde puderam se ambientar no novo país e conhecer um pouco da cultura local. Maria Elisa e Isabela partiram para a cidade de Handrup, enquanto Betina, Olívia e Rodrigo foram para Stegen. Os estudantes ficaram hospedados em casas de famílias e frequentaram o Colégio Leoninum e o College San Sebastian, respectivamente.

Isabela conta que a estrutura do Colégio Leoninum é impecável, assim como a do Colégio São Luiz. Ela diz que não sentiu muitas diferenças culturais, já que a região de Brusque foi colonizada por alemães e, por isso, ainda tem muitos traços da cultura germânica. “Achei que pelo fato de sermos brasileiros seria muito diferente, mas só consegui encontrar similaridades. A comida é parecida, o estilo de vida, a maneira com que se relacionam com outras pessoas, tudo muito parecido”, destaca.

Olívia, entretanto, sentiu diferença na gastronomia. “Não é algo gritante, mas achei diferente. De manhã, por exemplo, meu lanche era cenoura picada, pepino, pimentão, coisa que não comemos no Brasil nesse horário”, recorda.

Para Betina, a principal diferença foi em relação ao comportamento das pessoas. “No Brasil somos mais calorosos, fazemos amizade mais fácil. Apenas disso, os demais adolescentes de lá, da nossa idade, estavam bastante aptos a conversar conosco e saber mais sobre o Brasil”, relembra.

Em relação à rotina escolar, a principal diferença foi no formato das aulas, que são mais longas e têm mais intervalos. Para Rodrigo, o que chamou a atenção foi o respeito que os alunos têm em sala de aula. “Eles são sempre respeitosos dentro das salas. Durante a aula, todos se interessam, fazem perguntas, participam intensamente. Isso foi uma das coisas que me chamou bastante a atenção”, comenta.

O uso constante da tecnologia foi um dos pontos destacados por Maria Elisa durante as aulas. “Eles usam muito os aparelhos eletrônicos como tablets, slides, é tudo muito digital. Isso foi um diferencial. Também têm matérias diferentes daqui. Minha host sister fazia aula de latim e grego, onde tive oportunidade de participar. Gostei bastante da experiência”, conta.

Isabela também aprovou o formato mais digital das aulas. “Eles não utilizam cadernos ou apostilas, todo o conteúdo é acesso em tablets, o que foi muito interessante. Os estudantes também recorrem a pesquisas on-line para esclarecer dúvidas de conteúdo, o que também contribui para o fluxo da aula”, pontua.

Acolhimento

Maria Elisa conta que se sentiu muito acolhida pela família e conseguiu vivenciar de verdade o dia a dia alemão. “A família que eu fiquei foi maravilhosa, considero como minha segunda família. Eles me receberam muito bem, se esforçaram muito para que eu me sentisse bem. Só tenho que agradecer”, diz.

Betina também teve uma experiência feliz com a família que a recebeu e, desde o primeiro dia, se sentiu muito acolhida. “Eles foram sempre receptivos, dispostos a me mostrar a cultura deles, me auxiliaram também com o idioma, o que foi muito importante. Queriam sempre me levar para os lugares, foi muito bacana”.

Olívia também teve uma experiência positiva com a família e, com eles, teve a oportunidade de aperfeiçoar o inglês. “Foi uma experiência real de intercâmbio. Minha família falava muito bem inglês, tive uma convivência boa, eles se esforçavam para falar inglês comigo e eu alemão com eles. Foi uma troca muito agradável e proveitosa, e continuamos mantendo contato”, comenta.

Assim como as meninas, Rodrigo também elogiou a família que o acolheu, que inclusive, já morou no Brasil anteriormente. “Eles já conheciam bastante o Brasil porque moraram um tempo aqui. Tinha uma mesa de pebolim dentro de casa e sempre fazíamos campeonato. Nos damos muito bem, ouvíamos música, jogamos cartas, assistimos futebol na TV, foi muito legal”, relata.

Aprendizados

Os jovens destacam que o aprendizado que tiveram durante o tempo de intercâmbio já está fazendo a diferença. Maria Elisa conta que durante o período que esteve fora, percebeu a importância de valorizar a família. “Sempre valorizei muito, mas depois que você fica longe, dá muito mais valor. Aprendi muita coisa, me descobri, ganhei mais disciplina, independência e coragem”, diz.

Isabela destaca que ficou muito mais independente e também já conseguiu adicionar alguns costumes que adquiriu durante o período. “Já consegui adaptar algumas coisas que vivi na rotina e na minha casa”, detalha.

Já Betina ressalta o aprofundamento dos idiomas, tanto inglês quanto alemão, e também a confiança como aprendizados neste intercâmbio. “Nos tornamos mais confiantes, em ter a atitude de perguntar, ir atrás. Também aprendemos a lidar com a saudade”, ressalta.

Entre os aprendizados, Olívia destaca a independência e os laços que criou ao longo deste tempo. “Foi uma semente que foi plantada, que vai crescer. É um novo jeito de ver as coisas e o mundo, foi uma experiência enriquecedora”, avalia.

Já para Rodrigo, o maior aprendizado foi a responsabilidade e o respeito. “O intercâmbio me ajudou muito na parte de responsabilidade, aprender a se virar sem os pais, ter que resolver as coisas sozinho, e também o respeito na sala de aula, acho que essa vivência vai me ajudar bastante”, completa.

Missão cumprida

O diretor do Colégio e Faculdade São Luiz, padre Silvano João da Costa, afirma que se sente realizado enquanto instituição de poder proporcionar essas experiências de trocas culturais, linguísticas e de autonomia de vida aos estudantes.

Ele destaca o sucesso desta terceira edição do intercâmbio com a Alemanha e a importância de criar elos entre as instituições dehonianas. “É muito bom podermos ir além dos muros da nossa escola, em proporcionar acesso a essa ‘riqueza’ que temos nas educacionais dehonianas espalhadas pelo mundo. Os intercâmbios são como ‘pontes’ criadas, onde oportunizamos aos nossos alunos passarem por elas, e poderem vivenciar novas experiências. Espero que eles possam continuar nessa caminhada, e que não seja o último intercâmbio deles. Nossos alunos representaram muito bem o colégio e encerram esse ciclo com sucesso”, avalia.

Texto/foto: Ideia Comunicação

Publicidade
WhatsApp chat