A FESPORTE batalha junto aos municípios para realizar o Jogos Abertos de Santa Catarina em 2020 – 60ª edição. Nos bastidores, há uma corrida contra o tempo, que coloca todas as modalidades na corrida por obstáculos, na troca de bastões, numa verdadeira maratona pela sobrevivência do esporte catarinense.
Depois das decisões que postergaram o calendário de retomada nos meses de julho, agosto e setembro, a nova proposta da Fesporte, talvez a última do cartucho, prevê a realização no mês de outubro das fases microrregional e regional, com o estadual no mês de novembro.
O modelo tradicional não é cabível dentro das exigências do enfrentamento à pandemia, mas, a Fesporte defende implementar uma inovação, que visa “descentralizar” a competição, como uma política de inovação para edições futuras. Municípios como Rio do Sul, Balnário Camboriú e Jaraguá do Sul, já sinalizaram positivo.

O presidente da Fesporte, Rui Godinho, cumpriu agenda em Brusque nesta segunda-feira, 31, e alinhou junto às bases políticas e de lideranças esportivas, a possibilidade sediar alguma modalidade no município. Na lista de disposição tratadas com o governo municipal estão: Vôlei, Futsal, Basquete, Bolao 16; Bolao 23, Bocha, Ciclismo, Tênis de mesa, Xadrez e Natação.
Outra proposta ventilada é diminuir a idade mínima para 15 anos, nas modalidades coletivas, que permitiria atletas da Olesc e Joguinhos na competição.
“Se deixarmos de fazer o evento estaremos condenando o esporte catarinense, por isso insistimos no calendário”, frisou Rui.
Sobre o modelo do JASC, a Fesporte aposta num formato mais dinâmico. Com jogos e partidas no período noturno e nos finais de semana, para ser mais atrativo. Um plano de mídia e de transmissões foi traçado para impulsionar o evento e criar a condição de visibilidade de participação do público de modo remoto.

“Não adianta fazer um evento 15 dias consecutivos sem a possibilidade de o público participar – este ano não terá público, mas precisamos pensar na frente”, explicou Godinho.
Se o caso é Jogos Abertos, Brusque, como berço da competição, torna-se uma chama de esperança.
Conforme Godinho, Santa Catarina luta contra a maré, pois os demais estados já cancelaram seus jogos, mas o que está em jogo não é somente a competição e sim um setor altamente produtivo e econômico.
“Estamos na vanguarda, Santa Catarina mantém a chama acessa e nada melhor estar no berço dos jogos”, destacou.
Enquanto busca apoio nos municípios, a Fesporte recorre ao diálogo com a Secretaria Estadual de Saúde. Com a insistência típica que corre na veia dos atletas, uma comissão (com apoio do Conselho Estadual do Esporte) trabalhou ao longo do mês de agosto na elaboração de um protocolo e normativas voltados para o funcionamento da vasta gama do setor esportivo. Desde projetos sociais às competições esportivas, há uma espera pela liberação das modalidades.
A base para retorno está na volta do futebol profissional.
“Se o futebol retornou com segurança,nós entendemos que é possível voltar com o amador, não podemos permitir que o esporte morra”, comentou Godinho.
Neste ano, o JASC estava previsto para acontecer em Jaraguá do Sul, que ficou com a edição de 2021 garantida – por conta dos imprevistos causados pela pandemia. Acompanhe a entrevista concedida ao Jornal Diplomata.